Capítulo 2 - Aquele que foi contra o Rei

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A morte de príncipe Hércules de Cela foi apenas uma das muitas tragédias que aconteceram no reino de Henry. O ar de esperança que tinha cercado o casamento de Sua Alteza Real, Princesa Zafira foi agora completamente perdido. O Reino foi construído a deriva, a mercê das marés agitadas criadas pela história. Neste momento, dois grandes impérios lutavam pelo domínio de Evânia: Thiel que vinha do Oriente e Élnildes, no Ocidente.

A invasão do Reino de Cela foi a porta de entrada de Thiel em sua campanha no Leste. Vindos do outro continente, o Império tirano espalhava terror pelas terras que passava.

Com a nação amada do Senhor Hércules agora consumida pelos carniceiros da guerra, parecia óbvio que Thiel logo teria um destino em Capital Imperio. A queda da Fortaleza de Yanilad soou com a destruição da maior parte das forças da Capital Imperio.

Um contra-ataque foi montado pela Ordem superior dos cavaleiros imperiais da Capital Império, já admirável e fiel ao trono, mas contra o poder marcial dos exércitos Thieldiano, ficaram com poucas chances de vitória. Na verdade, a derrota já deveria ser absoluta...

Logo depois disso, Thiel veio oferecendo condições de paz. Ou, como era dito por todo o reino, colocou os termos de rendição da Capital Império. O grande Rei Marley, Rei do reino de Henry, era amigo de um marquês da corte, lhe contou certa vez, algum momento a falha batalha, que não tinha escolha a não ser aceitar os termos impostos. Foi assim, só com uma certa relutância que ele partiu para a Fortaleza de Yanilad, agora sob ocupação de Thiel, para impor seu carimbo de tratado de paz do Império.

O rei partiu de sua cidade real quando os resto da ordem o fizeram voltar, e, em pouco tempo, uma terrível revolução o aguardava. O tratado seria assinado com aço e assinatura em sangue real. Aquele marquês, amigo do rei, não se esqueceu daquele dia e ele fez questão de relatar isso em seu diário, na qual ele deu o capitulo quinze, sob o titulo de "A queda dos reinos".







-Você, não. Você pode me ouvir ? – Uma voz áspera vinha de algum lugar, porém o jovem não conseguia distinguir.

Sua cabeça doida, ele estava tonto, não conseguia entender oque havia acontecido, mas boa pergunta, oque aconteceu?

Aos poucos seus olhos foram abrindo e ele deu de cara com um rosto humano com feições caninas, dentes afiado enfileirados dentro da boca do soldado se moviam enquanto ele tentava se comunicar. Que casta pertencia aquele soldado? Um lobo? Não, não, estava mais... para um pastor alemão, ou seja lá o que ele era. Ao seu redor, vários corpos imóveis estavam espalhados pelo pátio. Sua espada de ferro e seu escudo estavam pesados. O mundo girava. Só depois de voltar a sí, ele percebeu que atrás do homem que lhe acodia, havia outros cavaleiros trajados de armaduras completas, espadas, escudos, bestas e machados.

Piscou seus olhos que ainda ardiam, como se tivessem colocado eles numa fogueira.

-Eu avisei, não avisei? Eles estão nos atrasando. – Disse o soldado maior atrás.

-Não diga isso, estamos todos do mesmo lado, querendo a mesma coisa – Retrucou o soldado com rosto de pastor alemão.

-Nem todos nós estamos aqui porque amamos batalhas.

-Ele luta para defender sua terra natal.

O soldado maior deu as costas.

-Qual o seu nome, rapaz? Sua língua é azul mesmo? –Perguntou o soldado.

-Snowden, senhor. E sim, é azul mesmo, sou da casta dos descendentes de chowchows, senhor. –Respondeu o jovem Snowden, sua pelagem cinza estava suja de sangue inimigos, ou ele esperava que fosse sangue inimigos.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora