Montados no touro mecânico, eles voltaram para cidade Imperio. Uma nuvem de poeria alaranjada e seca se levantava a cada galopada. No meio daquelas planícies, famílias inteiras de selvagens caçava para sobreviver. Mikka vinha na garupa, se segurando nas costas de Sírius. Ela tinha chegado ao acampamento dos nômades através de uma carroça de alguns comerciantes ambulantes e visitavam o acampamento de vez em quando.
Senhor Angelo liberava ela para fazer algumas visitas nos seus tempos livres para brincar com as crianças. Algum tempo atrás, Mikka se arriscou para salvar algumas delas de ataques de um bando de hienas do deserto. Esses animais carniceiros costumam invadir aldeias nômades e atacar as crianças, uma vez que são os membros mais fracas. Mikka tinha até uma certa experiência com animais selvagens, uma vez que seu pai foi um caçador de recompensas e ele lidou com essas criaturas por muito tempo.
Os nômades são um povo não muito amigáveis com os habitantes dos outros reinos. Mas por causa desse episódio, eles receberam e acolheram Mikka como uma deles, até mesmo a ajudando com informações ou o que ela deseja.
No caminho para cidade Imperio, eles pararam perto de um enorme monólito irregular e torto de cor amarelada, pulsando alguns feixes de energia para todos os lados. Eles tiraram uma pequena pedra do tamanho de do pulso e a guardaram no bolso, e voltaram para a estrada.
Eles devolveram o touro mecânico, o estacionaram do lado dos outros veículos. Eles seguiram pela calçada de pedras e dobraram para a esquerda, para um portão velho e enferrujado meio escondido nas sombras. O mesmo lugar de onde Sirius saíra da cidade baixa. Eles desceram aquelas escuras escadas para o subterrâneo.
Na cidade-baixa, eles caminhavam entre as pessoas que faziam compras nas barracas. Eles se aproximaram de dois restaurantes iluminados com fortes luzes de neon. Mikka o chamou.
-Ei, Sirius? Faz muito tempo desde que fizemos alguma coisa juntos, muito tempo mesmo – Mikka piscou para ele – Eu achei muito bom. Bem, eu deveria voltar para a loja.
Sirius cruzou os braços e franziu as sombrancelhas. Ela deu alguns passos para o lado.
-Na verdade, eu meio que deveria estar vigiando o lugar para o senhor Angelo. Tente ficar longe de problemas, tudo bem? Sabe que eu... nós precisamos de você. Não saberíamos o que fazer se você não estivesse aqui... A Zaya... – Ela baixou a visão. Sirius também.
-Eu não vou a lugar algum, Ok? –Disse Sirius.
-É isso o que eu queria ouvir – Ela deu um sorriso de orelha a orelha –Bem, eu te vejo mais tarde então –Mikka se despediu e desapareceu entre a multidão.
-Sinto muito, Mikka... –Sirius se virou para o portão de Darlon e adentrou.
Sírius não conseguia se acostumar com aquele odor forte do narguilé de Darlon. Orquidea com gordura enchia seus pulmões. Darlon soltava enormes rajadas de fumaça para o alto.
Sirius lhe mostrou a magnerite e a solrite.
-Ah! Jovem Sirius! Vejo que o senhor foi bem sucessido na sua tareja!
-Certo Darlon, o que preciso fazer agora?
-Agora você vai querer saber como adentrar no palácio, hein? –Darlon baforou seu narguilé. Sirius revirou os olhos – Em primeiro lugar, você vai até o armazém oito. Suponho que você sabe qual é, não é? Aquele de portão duplo vermelho, enferrujado. Do lado direito, por baixo daquelas caixas velhas, há um alçapão fechado por um cadeado velho, é só força-lo. Destranque-o. Entre e desça até o canal de Gramsyth.
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As Crônicas de Evânia
Pertualangan🎖️ Destaque do Mês de Maio de 2024 pela conta oficial @WattpadFantasiaLP A historia se passa no mundo de Evânia, no continente de Pangeia, onde os impérios de Thiel e Élnides estão travando uma guerra sem fim. O pequeno Reino de Henry está localiza...