Beat acordou no seu quarto enjoado. Um refluxo embrulhou sua barriga e subiu por sua garganta. Ele acordou rapido e correu para o banheiro para vomitar. Ele não entendia o que aconteceu. Parado por alguns segundos diante do espelho, ele reparou que a Bichano estava balançando, como se estivesse em alto mar. Ele correu rapidamente pelo corredor e subiu até o convés. O rio havia derretido e voltado a ser um grande rio com fortes correntezas e água cristalina. O céu estava limpo pela primeira vez desde que chegaram. No lugar que antes estava neve, agora estava um tapete de grama verde. Os ventos frios das cordilheiras balançavam as pradarias como um imenso mar verde. No alto, pequenos pássaros passavam cantando acima. As coisas confundiram Beat, até ontem tudo estava frio e silencioso. Era como se a primavera tivesse invadido o hemisfério norte em uma única noite.
Atrás dele, Folgo e Seal subiram até um convés, ambos vinham bebendo café e biscoitos recém tirando do forno, feito por Dymas.
-Bom dia, Beat, café? – ofereceu Seal.
-Vocês estão vendo isso? Como isso é possível? – Perguntou Beat.
-Cara, relaxa, devíamos ter chegado na transição das estações – disse Seal.
Beat levantou as sobrancelhas. Subindo ao convés, Dymas trazia consigo quatro grandes bandejas lotadas de biscoito.
-Ah, como o dia está belo. Gente, estou indo ajudar no banquete das deusas, voltarei no final do dia. Oh Beat, pegue esses biscoitos de manteiga, vai ajudar no seu enjoo. – E ele entregou cinco grandes biscoitos.
-Ouvi dizer que o festival é aberto para os moradores da região, será que podemos ir? – Perguntou Seal.
-Bom, acho que sim, não vejo porque não. Se vocês forem, peguem suas coisas logo e vamos logo.
Folgo e Seal trocaram olhares.
A agua cristalina do rio fazia o barco balançar. No fundo, criaturas marinhas e náiades nadavam ao redor das pedras e do barco.
-Por que você está tão empolgado, Dymas? – Perguntou Beat – é por causa da garota da taverna?
-Também, mas vocês não querem ajudar essas pessoas no dia das deusas? É uma data importante.
-Certo, pela sua sinceridade, eu vou com você – e Beat correu para o casco e vomitou novamente no rio, na qual náiades jorraram um jato d’água em seu rosto.
Mas algo lhe chamou atenção. Uma grande sombra cobriu aquele pequeno vilarejo. De repente, uma frota imperial sobrevoava em formação em direção ao monte Burlmugaron. O sol nascia no leste e dava seus primeiros raiar de luz solar quando disparos com bolas de fogos começaram a destruir as montanhas e os vilarejos entre eles por ali. Ataques violentos e coordenados faziam toda aquela região tremer. Em minutos, grandes colunas de fumaça começaram a subir aos céus. Incêndios se alastraram pelas florestas e pelos vilarejos espalhados em Kravaattii.
Beat desceu rapidamente até seu quarto e pegou sua espada. Na lateral, Donpa abriu o compartimento lateral. E as pressas, os primeiros a correram foram Beat, Dymas, Folgo e Seal. Eles correram o mais rápido possível em direção ao Monte Burlmugaron.
Beat subiu até o alto da torre que vigiava aquele pequeno vilarejo, e com sua rapidez e habilidade felina, ele alcançou a parou ao lado do grande sino. De lá ele podia ver as enormes Longas Muralhas que interligavam os vilarejos pelas montanhas, por vários quilômetros pelo interior. Com apenas alguns cidadãos como soldados protegendo-as, essas grandes muralhas ainda estavam intactas apesar da chuva de fogo. Uma conquista impressionante, mesmo contra um exército de elfos e defesas convencionais.
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As Crônicas de Evânia
Adventure🎖️ Destaque do Mês de Maio de 2024 pela conta oficial @WattpadFantasiaLP A historia se passa no mundo de Evânia, no continente de Pangeia, onde os impérios de Thiel e Élnides estão travando uma guerra sem fim. O pequeno Reino de Henry está localiza...