Capítulo 23 - Conspirações

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-Essa pedra é a prova de que ela é uma princesa, e então ela pode se tornar uma rainha, certo? –Perguntou Sirius.

-Ter a pedra também foi destino. – Completou Spike.

-Estava nos arrastando para esse 'destino' também? – Comentou Gerlon, com sarcasmo.

A espinha de Spike gelou. Zafira se aproximou.

-Roubando do palácio... – Rosnou ela para Sirius.

-Fique quieto e caminhe. – Disse um dos soldados.

Eles caminharam em silêncio por alguns metros. Sirius se aproximou de Spike.

-Com tantos soldados, não há como você fazer o que veio fazer, muito menos salvar Mikka. Você tem algum tipo de plano?

-Até agora, sempre lutei como parte de uma pequena força militar. Sim ... eu não estava mentindo sobre isso, mas quando abandonei minha terra natal, e quando Henry foi destruído.

Um dos guardas se aproximou dos dois. Ele carregava uma enorme espada.

-Eu lembro... – Disse Sirius.

-Foi há alguns anos atrás... Pouco depois de me juntar ao exército Henry... Em uma pequena aldeia em um vale a oeste... Houve um incidente, um ataque do clã Slytherin... Naquela época, também... Foi um inferno. – Spike suspirou.

Zafira os encarou.

- Não é hora de relembrar. É hora de dar um jeito de sairmos dessa. – Protestou Gerlon.

-Não fornecemos informações sobre os bárbaros do deserto, os sonserinos. Quando nossas forças chegaram para resgatar os aldeões... Não conseguimos encontrar as mulheres e crianças, e a maioria dos aldeões havia sido mortos. Éramos três... Tínhamos treinamento militar, mas éramos apenas três. Contra centenas de Sonserinos, não havia como sobrevivermos. Mesmo assim, tínhamos que tirar o máximo de aldeões que pudéssemos. Tínhamos que manter nossa posição. Eu estava cheio da justa indignação da juventude, e meu julgamento pode ter sido transmitido por ela. se eu pudesse morrer com honra, morreria feliz. Em vez disso, se fosse meu único desejo...

Spike fez uma pausa em sua narrativa. Eles dobraram no corredor da esquerda e seguiram em silêncio por vinte metros. Ele continuou.

-No final, coberto de feridas, não conseguia mexer um dedo. Se nossos reforços não chegassem a tempo, não poderíamos salvar ninguém. Comparado com a época, agora, não parece tão ruim.

-Como é sua missão, isso é esperado, Lorde Capitão. Estou bastante enjoado e cansado de todo esse assunto, eu mesmo. Eu tô cansado dessa agonia: fica preso, fica solto, fica preso, fica solto. –Disse Gerlon. - E certamente não quero passar o resto da minha vida curvando-me diante dessas soldados horríveis. – Ele encarou um dos soldados thieldianos ao seu redor. - Ah - nojento, nojento.

-Você! Eu pensei que tinha te dito para calar a boca! –Um dos soldados marchou grosseiramente até Gerlon e levantou sua mão, e desceu com violência.

Gerlon desviou para trás, e investiu e com seus ombros, ele o jogou por cima e o fez cair de cabeça no chão.

-O que... – Quis protestar, mas Flora avançou com toda a velocidade, pôs as mãos no chão e o acertou com um poderoso chute, que o jogou longe.

Um outro avançou em direção dela, mas Spike foi mais rápido e investiu com violência e o empurrou com força. O soldado se chocou contra a parede. Sirius atacou outro soldado, passou suas mãos algemadas pelo pescoço de outro guarda e o pôs de joelhos.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora