Capítulo 34 - Sob o mesmo céu estrelado

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As planícies Cinzentas têm um ciclo climático único que afeta a geografia da região. Ciclos climáticos são em diferentes posições das luas quando sua órbita atravessam os céus de Pangea em períodos irregulares. Devida a grande presença de evaniarites presentes, onde dizem lendas locais que elas possuem vontade própria, onde algumas protegem determinadas regiões de chuvas, enquanto outras sofrem com alagamentos e chuvas intensas.

A vila dos Jaharas ficam localizados em um ponto estratégicos onde as chuvas e o sol aparecem em momentos certos dependendo das necessidades dos moradores. Enquanto está seco, o tempo está sempre ensolarado, a maioria daquelas planícies fica exposta e criaturas mais “fracas” aparecem em abundância. Os nômades descem das montanhas e montam seu acampamento enquanto está seco, onde costumam criar Cocitros, uma criatura redonda com feições de galinhas e repteis selvagens.

Os Jahara contam com uma enorme fazenda com diversos Cócitros de diferentes tamanhos e plumagens para seu consumo e venda com outras tribos.

Enquanto está úmido, a maioria das planícies fica coberta de água, e é  clima perfeito para que outros predadores ainda maiores e perigosos se mostrem, principalmente durante as chuvas e tempestades violentas, e uma delas são o surgimento de Genovas Brancas, espíritos luminosos em formato circular, adorado por esses povos nômades como sendo a própria reencarnação do seu deus criador. Algumas novasáreas se abrem, pois os próprios nômades constroem pontes construídas por troncos de árvores. Como as palnicies durante as chuvas se tornam bastantes alagadas, seus aspecto muda para um terreno semelhante a um pântano, criando um clima perfeito pos-chuva e água parada, para a proliferação de insetos, e já com o sol a pico no céu, o lamaçal seca, dando lugar a uma superfície porosa e rachada, criando pequenas fendas para criaturas terrestres se esconderem.

Ao longo das planícies, árvores d’água são encontradas em áreas que as chuvas são mais intensas, é muito usado pelos nômades na criação de casas, pontos, cercos e outras ferramentas. Elas apenas germinam em áreas de chuvas intensas já que necessitam vitalmente de água e não costumam crescer em regiões mais secas, e também, suas frutas servem de alimentos para as enormes centopeias de ferro que habitam o subsolo profundo da região. Já nas regiões onde o sol é fortemente aproveitado, são as áreas com maior concentração de cristais solares, onde elas absorvem fortemente a energia solar e se acumula e cristaliza dentro das evaniarites.

Como já usado por Sirius antes, esses cristais possuem o poder da luz solar dentro de si e brilham sem parar e, assim quando acabam, é possível energiza-los, os “trazendo de volta a vida” como diz os Jahara. O lugar também alimenta o imaginário de grandes caçadores de recompensas, piratas e ladrões afins de desenterrar e roubar os piratas dos nômades. Dizem que principalmente as áreas com incidência solar maior, há fortunas inimagináveis de peças de ouro, dracmas, armas, armaduras e diamantes que são alvos de furtos.

Os élnidianos também possuem um grande fascínio pela caça. Por ser o maior Império do hemisfério sul de Pangeia, possuem hábitos de caça, principalmente do Sapo-cascudo, um enorme sapo de patas enormes e musculosas, com garras afiadas e espinhos ao longo de sua coluna como um moicano mortal. Seu nome se dá pela grossa e esverdeada camada de musgo rígida que assemelhasse a uma armadura que reveste sua pele escamosa. Costumam se reproduzir nas áreas chuvosas e quando há uma superlotação desses animais, Élnides abre a temporada de caça para exterminar essas criaturas que invade e destroem suas plantações e as vilas próximas a fronteiras.

O céu ainda estava no crepúsculo do amanhecer quando  a bússola de Helmer apitou, as coordenadas apontavam para seu destino, ao cruzarem a linha de Indominus (equivalente a nossa linha do Equador)  ainda na madrugada. Os ventos gélidos das montanhas davam espaço a ventos secos e quentes, as montanhas davam lugar a planícies e estepes vastas, onde as primeiras criaturas acordavam e predadores noturnos se escondiam. A centenas de quilômetros dali, as maiores florestas do continente se concentravam mais ao sul, o clima varia muito conforme a região, onde os próprios campos cinzentos  são um exemplo disso, e muitas áreas são desabitadas. A maior floresta de todas, a selva de Sarin, lar das Norueguesas-da-florestas. Localizados a oeste do continente, ambos vivem em paz, e aparentemente não afetado pela fome expansionista dos reinos do continente ao longo dos séculos. Embora da esmagadora presença e espalhamento dos evanianos, ela preferem viver reclusas, sendo encontradas no intimo de Sarin, nos lados orientais e nas encostas das montanhas sagradas.

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