Capítulo 31 - Batalha na Frota Imperial

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Capital Imperio – Reino de Henry

Leore lia um livro durante a pausa de seu trabalho. Havia enormes pilhas de documentos espalhadas na sua bancada, inúmeras queixas e documentos reais sobre suas conquistas e burocracias imperiais que ele achava um saco de resolver. No sofá ao lado da sua mesa, sua assistente dormia pesadamente entre outras grandes pilhas de papeis, quando alguém bateu na porta e entrou. Um soldado se dirigiu para a mesa do consul.

-Senhor Leore, o Marechal Urie mandou seu relatório.

Leore apenas deu um leve sorriso.

-Ele encontrou aquela garotinha perdida?

-Sim, senhor. Majestade Nidia, seus companheiros, assim como a pedra...

-Bom trabalho. Descanse.

O guarda prestou continência e saiu.

Leore fechou o livro e se inclinou na cadeira e fechou os olhos com força. O gabinete de repente ficou gelado e em perfeito silencio. Uma massa enegrecida se moveu de um canto da sala como um fantasma. A assistente começou a tremer e se encolheu no sofá.

-O fragmento que confere o direito de governar deixado para trás por Gaiseric, o Tesserato Esmeralda... Juntamente com o Tesserato Rubi de Itorama e o Tesserato Safira de Capital Império... Isso é todos os três. Tudo está se encaixando... –Ele riu, enquanto aquela massa escura o encarava.



Na tumba de Gaiseric

Poderosas explosões ecoaram por todos os lados. Uma fina camada de poeira caia do teto encima deles, pedaços do teto se soltavam e se chocavam violentamente contra o chão perto deles. Lá fora a frota imperial abrira fogo contra o templo e as montanhas ao redor. Inúmeros garudas e outras criaturas corriam para longe das explosões afim de evitarem serem mortas.

Dos compartimentos laterais, pequenas aeronaves saíram da gigantesca Bearthorn e encheram os céus em poucos minutos.
O grupo correu para se esconder, saíram do salão agora vazio e voltaram para onde haviam encontrado Arles. Um outro tremor sacudiu o templo, algumas pilastras de sustentação tombaram para o lado e se destruíram com os impactos lá fora.

-Estamos cercados – comentou Spike.

Gerlon segurou com força seu braço, a dor o fazia se curvar.

-Malditos! Como eles conseguiram adentrar o vale dos Reis? Achei que as aeronaves não funcionavam por aqui! – Comentou Zafira com um pouco de raiva.

Outro tremor, e dessa vez o teto tremeu com mais força.

-Esses desgraçados estão usando o Tesserato Safira para driblar as vibrações mágicas! Provavelmente a oitava frota inteira está aqui para nos capturar! –Disse Flora, carregando Gerlon em seus ombros.

Gerlon odiava depender dos outros, principalmente quando achava que ele ERA o fardo das pessoas, não queria parecer tão fraco e ruim quanto parece, mas Flora já o convivia a muitos anos, suficiente para entender que ele estava mascarando a dor que sentia causada pelo necrosador.

-Se ficarmos aqui, é em questão de minutos eles levarem esse teto a baixo. –Ao terminar a frase, uma outra explosão acertou o teto.

Grandes blocos de pedra, do tamanho de pequenas aeronaves e até um do tamanho de uma casa, caiu e foi engolido pela escuridão ao lado da sala.

A brana se agitou e se tornou agressiva. Flora os alertou.

-Não podemos ficar aqui, eu sinto que há algo muito pior e perverso nas profundezas desse templo do que o próprio Império.

-E oque faremos? –Mikka se segurava com força ao braço esquerdo de Sirius.

-A melhor alternativa é nos entregarmos, já fugimos deles em Yanilad e fugimos outras vez em Arrokoth. Não há outra saída neste templo, e o que se agita lá embaixo... eu não quero descobrir.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora