Capítulo 11 - O inferno de Yanilad

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Branco. Apenas um quarto branco. Era isso que Sírius enxergava em todos os lados que para qual ele olhava. Um brilho da raio de sol entrava pela janela e iluminava onde estava. Por alguns segundos ele não sabia onde estava, até que se deu conta de que estava numa casa. Mas não qualquer casa, a posição dos móveis lhe traziam um ar de nostalgia.

Quadros de paisagens pendurados na parede. Um grande sofá estava encostado na parede e a silhueta de 3 pessoas estavam sentadas, mas ele não conseguia distinguir quem são. Auto retratos, mas as pessoas nelas estavam borradas. Um cheiro doce invadiam seus pulmões. Na cozinha, um som de um chaleira chiava.

No meio da sala, de frente para o sofá, alguém estava sentado. Um chowchow de pelagem cinza. Ele usava um pijama tão branco quanto a luz que entrava na sala. Tinha orelhas e visão baixa. Sírius o reconheceu.

Seus olhos se encheram de lagrimas sem que ele percebesse. Na sua mão direita, ele segurava algo. Uma flor de orquídea do deserto.

Ele deu alguns passos em direção a eles.

-Eu trouxe algumas dessas flores que você gosta: Orquidea do deserto, lembra? Você detestava quando éramos criança, mas depois que a Zaya chegou, você começou a dizer que era as mais lindas do mundo.

Silencio. Ele continuou.

-Você sempre dizia que elas fediam a bosta, até que você começou a dizer elas eram agradável e como elas eram muitas, se lembra?

Silencio.

-O rei... e você? Você tinha realmente muitas delas? –Sírius colocou as flores num jarro encima da mesa que estava ao lado. Seu irmão tinha um olhar vazio e catatônico. –Mesmo... mesmo se você fosse... O capitão Spike traiu você! Enganou você e todo o reino!

Silencio.

-Espero que você esteja bem. Não se preocupe com Zaya, ela é forte. Ela está bem.

Aos poucos, Snowden desaparecia. Suas energias vitais ia se esvaindo e como uma leve brisa quente, ele desapareceu deixando a cadeira e Sírius sozinho. No sofá, as silhuetas também começou a desaparecer. Ele se encontrava sozinho na sala. Ele reconheceu como sua antiga casa.

-Eu te amo mãe... te amo pai... –O chiado da cozinha cessou.

Deu meia volta, abriu a porta e saiu.

A luz no alto adentrava pelos vários óculo do teto. Os feixes de luz tinha um formato arredondado nas paredes e no chão. A grande cúpula no alto tinha várias rachaduras e já tinha perdido boa parte da sua pintura original.

As paredes eram ilustrados por vários ar-frescos de guerras e cidades e paisagens de várias partes do continente. Enormes pilares estavam tombados no chão, alguns inteiros e outros pela metade. Dentro daquele local, provavelmente chegava aos quarenta graus.

Um véu de areia caia a cada ventania forte que dava lá fora. Sírius estava desacordado, de cara enterrada na areia. Os guarda o tinham jogado lá junto com Gerlon e Flora, sabendo que mais cedo ou mais tarde, o que vivia ali iria mata-los em breve.

Yanilad é uma fortaleza construída em um oásis localizado entre os reinos de Henry e Cela. Defendido por altas cordilheiras e areias estéreis, por muito tempo permaneceu firme contra gerações de agressores. A Fortaleza de Yanilad e a cidade mercante que surgiu em sua sombra tornaram a área um ponto focal para o comércio local. O tratado para encerrar as hostilidades na guerra com Thiel foi assinado em Yanilad, mas imediatamente após a assinatura, o rei Marley foi morto e, como resultado, o Reino de Henry ficou sob completo domínio Imperial Thieldiano.

As Crônicas de EvâniaOnde histórias criam vida. Descubra agora