Capítulo 28 - O Vale dos Reis (Parte 3)

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Nas profundezas de Sauropsidia, perdido entre cavernas e esquecidos entre montanhas, descansa a Tumba de Gaiseric, uma estrutura de pedra titânica construída durante a era da Aliança de Nibelungo para celebrar sua subjugação das terras que compõem o continente. Dentro podem ser encontradas muitas tecnologias e maravilhas arquitetônicas além do alcance dos seres modernos de Evânia. Além da cripta de Gaiseric, a tumba contém um tesouro real inestimável. Um não, incontáveis riquezas e tesouros jamais vistos antes, e apenas aqueles com prova de linhagem direta são sofridos dentro. Os intrusos se deparam com armadilhas e guardiões terríveis, sangrentos e de poderes superiores. Embora piratas do céu saibam da existência da tumba e dos tesouros, nenhum conseguiu roubar ainda.

Esculpido a partir a própria montanha que o cerca e o esconde, a imponente Tumba de Gaiseric assemelhava-se a uma enorme caixa, a tumba era inteiramente feito com pedras de granito negro e ângulos retos e cúbicos. Gigantescas estruturas semelhantes a cilindros escuros eram esculpidas das paredes das montanhas e se conectava a tumba. A tumba em si tinha quase duzentos e cinquenta metros de altura e trezentos e quinze metros de base, com quase três quilômetros de perímetro. Ao redor uma paredões de rocha mais alto que o topo da própria tumba. O que mais chamava atenção do grupo era por causa da sua arquitetura, e para os arquitetos do passado, seu sistema de canalização de água.

Provavelmente foi estabelecido em algum ponto do tempo dos últimos dez mil anos atrás. A região antes era rica em magia natural, servindo como um ponto de peregrinação do mundo antigo. Os banateus (povo antigo que morava no oeste de Pangea a mais de dez mil anos atrás) eram descendentes dos nômades do deserto de Madrash que aproveitaram a proximidade com rotas comerciais regionais da época para estabelece-la como um importante centro comercial. O banateus também eram conhecidos por sua habilidades de construção de métodos eficientes de coleta de água em desertos como Sauropsidia, e seu talento em esculpir estruturas em rochas sólidas, habilidade reconhecida e requisitada pelo grande imperador Gaiseric milênios atrás.

A tumba se encontra oculta na encosta de Jabel-Madabah, ou o Monte Horth como está escrito nas escrituras nas línguas do resto de Pangea. A tumba permaneceu oculta do mundo até oitocentos anos atrás, e sua localização só era de consciência dos grandes reis e imperadores de Pangea, e de ladrões e aventureiros que andavam e se perdiam por ali. Lógico, sem baseamento, provas concretas de sua existência, ela não passava apenas de lendas e mitos. Muitos foram taxados como mentirosos. Não que mentira sua existência, afinal, eles estão ali, não é? Se levarem em conta também todo aquele vale, conhecido como Vale dos Reis.

O vale dos Reis se localiza na margem oeste do Rio Mirah, nas proximidades da cidade de Tebas no pequeno Reino de Luxor dentro do território de Sauropsidia. O uádi de Mirah consiste em dois vales: O Vale de Mirrage (onde está a maioria das tumbas dos reis antigos de Pangea) e o Vale do Rougar. Diz as escrituras que há mais de seiscentas tumbas e câmaras, e a tumba de Gaiseric era uma das maiores, pelo fato de ter sido esculpido e usado parte de uma montanha. Tumbas menores encontram-se espalhadas no Vale de Rougar. As tumbas são reais são decoradas com cenas de várias mitologias e reis dos reinos e dão pistas para as crenças e rituais funerários do período. As poucas tumbas que já foram encontradas e são de conhecimento geral, já foram abertas e roubadas na antiguidade, mas mesmo assim ainda transmitem uma ideia de opulência e poder dos reis. O local é foco de emanação de magia conhecidos como Halos mágicos. Durante a noite, esses halos que emanam vibrações mágicas podem ser encontrados em todo o mundo, porém se sabe pouco sobre eles. Quem aprende magia arcana e quem tem uma grande afinidade com a natureza, tem uma sintonia com o mundo, aumentando seus atributos mágicos, morais e espirituais, por isso as tumbas dos reis antigos se encontravam nesses focos mágicos.

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