Hábitos SELVAGEM 1

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Hábitos SELVAGEM 1

Tudo começou a anos atrás, quando ainda éramos crianças em um orfanato.
Era a nossa primeira tentativa de adoção que deu certo, empolgadas por fazer parte da mesma família.
Eu e minha irmã, estávamos sempre juntas.
Escutei a voz mansa dela, vindo por trás de mim.
Coraline sempre foi doce, e tentava ao máximo não me deixar sozinha, normalmente ela era feliz em minha frente.
Mas sozinha conseguia a ouvir chorar, e remoer sobre si mesma e nossa situação.

- Então irmãzinha, o que vamos fazer hoje?

Perguntei segurando meus livros, sempre fui uma ótima leitora, era a única que se saia tão bem nos estudos.

- Então, agora é esperar eles chegarem.

Ela respondeu se sentando ao meu lado.
Nós tínhamos quase a mesma idade, sendo só por dias de diferença pelo o que nos contaram.
A escolha foi de nossa mãe biológica nos deixar neste lugar.

- Olha, chegaram.

Vejo ao casal gentil, vir até nós.
Nos olhamos e abrimos um leve sorriso, reconfortante uma para outra.

Anos depois.

- Essa é a sua última chance, antes de você ser jogado daqui. Me dar o que estou pedindo ou...

Deu um chute na cadeira em que havia um homem com pés e mãos amarrados, seu corpo tremia por causa do medo.
Felicia se aproximou do homem e se inclinou para olha-lo de perto.

- Mais um chute e ganho mais pontos no céu, acho melhor se decidir

_ OK! OK! EU DOU O Quê ELE QUER, SÓ POR FAVOR ME TIRA DAQUI!!!

Gritou o homem apavorado. Felicia sorriu mínimo e fez sinal para que os seus parceiros o fossem desamarrar.

- Você tem 24 horas. Bora galera.

Felícia e seus parceiros entraram dentro de uma van, deixando o seu alvo sozinho, ela dava tchauzinhos e beijos, enquanto ele gritava e corria atrás da van pedindo ajuda.
Retomei minha postura, relembrando cenas passadas.

- Coraline? Coraline?

Chamei minha irmã algumas vezes, enquanto ela estava cuidando da nossa mãe adotiva.

- Vocês precisam ir crianças.

Nossa mãe cujo nome não poderíamos esquecer, era forte como uma rocha, mesmo estando em um relacionamento abusivo.
Coraline e eu não poderíamos fazer nada, contra aquilo, ainda novas somente nos mantínhamos em nosso quarto.

- Está na hora de ir.

Ela avisou mais uma vez, e eu me aproximei tocando sua mão.

- Por que nos adotaram?

Isso foi a pergunta mais incoveniente que pude fazer, mas estava curiosa.

- Ele sempre quis filhos, e quando vimos duas crianças tão lindas e simpáticas como vocês. Mas agora eu sei, o problema é..

Coraline a interrompeu.

- Ele.

Ela se levantou, enquanto procurava coisas pelo o quarto.

- Vamos embora daqui.

Nossa mãe nos olhou confusa.

- O que está procurando?

sєℓvαgєм 𝓑𝓪𝓭 𝓡𝓸𝓶𝓪𝓷𝓬𝓮  нαвiτs (Concluida)Onde histórias criam vida. Descubra agora