Capítulo 4

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Ela

O caminho para a casa dele foi bem silencioso. Mesmo depois que eu enviei a mensagem para Chloe dizendo que iria dormir na casa de Colin Adams não houve resposta, mas ela deve estar muito ocupada babando no novo namorado dela. Uma coisa é certa, Chloe adora dar uma de cupido então ver uma foto minha ao lado de Colin Adams vai fazer com que ela me ligue na mesma hora para saber todos os detalhes.

Não sei que horas são exatamente, então olho em meu celular. Onze e cinquenta e seis. Por mais que tenha pego dois turnos no restaurante, e que esteja realmente cansada sei que não vou conseguir dormir, não sem Chloe lá para ficar ao meu lado. Será como todas as noites.. não conseguirei dormir antes das duas da manhã, e se dormir, vou acordar com pesadelos no meio da noite.

Já estou acostumada com essas insônias e os pesadelos, eles começaram desde o dia em que vim morar com Chloe, no mês passado, que foi quando tudo aconteceu. Sempre que os pesadelos começam eu vou conversar com Chloe, tarde da madrugada, ela odeia, mas me faz companhia e conversa comigo até nós duas pegarmos no sono. Bom, hoje não tem Chloe. Mas vou ficar bem, afinal, eu sou adulta.

Nós chegamos em uma fachada, ele para o carro na frente de um portão grande e branco de garagem e aperta um botão dentro do carro
O portão se abre e ele avança.

- Essa é minha casa principal - ele diz apontando para uma casa enorme que provavelmente tem uns cinco andares - a casa de hóspedes fica nos fundos, e logo atrás dela fica minha garagem. Fizeram a garagem nos fundos para caber todos os carros que meu pai tinha. Essa casa era dele.

Quero dizer para ele que esse lugar mais parece uma mansão que uma casa, mas fico quieta.
A casa principal tem enormes janelas em vidro espalhadas por quase todas as paredes. Quase toda a casa é em vidro, mas ela fica atrás de um imenso jardim com diversas flores dos mais variados tipos e cores. Ela é linda.
O jardim tem uma fonte no meio, e dois caminhos de estradas brancas se seguem nas laterais, uma do lado esquerdo, é estreita então imagino que seja para as pessoas não pisarem sobre o jardim. A estrada do lado direito do jardim é a que estamos, ela liga o portão de garagem ao final de sua casa e ainda mais adiante, provavelmente é o caminho até sua sua garagem.

Ele avança com o carro pela estrada em pedras brancas até os fundos da casa. Nós passamos pelo jardim e pela lateral do lado direito de sua casa, mas ainda distante da casa em si. É realmente enorme aqui.
Atrás de sua casa consigo ver uma piscina enorme integrada com o que parece ser uma jacuzzi mais a frente e um lugar que pode ser para se trocar, provavelmente.

- Aquilo ali é uma sauna. E do lado tem um banheiro - diz apontando para o local integrado a piscina.

Avançamos mais um pouco, ainda dentro do carro, e ainda sobre as pedras brancas no chão e enfim chegamos à outro jardim, mas esse só tem algumas flores nas laterais e grama por toda a parte. Ele para o carro e antes que eu possa abrir a porta ele sai e a abre para mim.

- Eu não disse? - ele sorri - cavalheiro.

Eu sorrio e olho em volta, ao sair do carro.
Estamos em um longo quintal quase inteiramente de grama, na minha frente tem uma casa enorme mas parece ser de um único andar e janelas de vidro que vão do chão ao teto, as poucas paredes laterais são de um tom azul pastel.
Me vem na mente que talvez ele não more aqui sozinho. As duas casas são enormes, nunca se sabe.

- Tem certeza que não tem problema para sua família se eu ficar aqui? - pergunto olhando para ele.

Mesmo que a família dele não aqui, ele poderia muito bem morar com outras pessoas nessa casa. Porque nela caberia um time de futebol inteiro.

- Não tem problema, eu moro sozinho - ele diz com o mesmo sorriso terno.
- E sua namorada? Aposto que Loretta Jennings não é muito de deixar outra mulher dormir na casa do seu namorado - eu comento.
- Nós não estamos mais juntos, se é que estávamos. Vamos, a casa de hóspedes é aquela ali.

Amanhecer AgridoceOnde histórias criam vida. Descubra agora