Greenwayfield, laranja e surpreender

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"As I want you to be
As a trend, as a friend as an old memoria"

- Come as you are

O dia amanheceu... Diferente. Louis e Harry estavam deitados lado a lado, acordados e ouvindo a chuva que caía lá fora.

Decoraram o número de manchas sobre o teto do quarto de hotel, e não sabiam o que dizer um ao outro, apesar de terem suas mãos entrelaçadas e a janela aberta.

— No que está pensando? — Louis questionou, elevou seus antebraços apenas para observar suas mãos unidas, com os cotovelos no colchão.

— Não tenho certeza — Harry suspirou, encarando suas mãos também — Em tragédias e injustiça. E um pouco em positividade também.

Louis sorriu, sua respiração era preguiçosa, e sua voz ainda rouca pelo sono.

— Gosto de nossas conversas poéticas.

— Você sempre foi o único a entender — Harry admitiu.

A chuva parou como se atmosfera respeitasse o momento de calmaria entre eles, e a luz do sol alcançou a cama que eles dividiam.

— Você avisou meu pai? Que estamos bem?

— Liguei para todos ontem a noite, depois que você adormeceu.

— Eu senti quando saiu da cama.

— Eles disseram para ficarmos aqui, porque todos estão vindo para Greenwayfield.

Harry franziu as sobrancelhas, tirou os olhos de suas mãos que tocavam uma a outra com lentidão e resmungou.

— Por causa de mim?

— Não — Louis riu nasalado diante do tom assustado que seu namorado usou — Eles já tinham combinado essa viagem a alguns dias... Só fomos os últimos a saber.

— Ah... Tem certeza?

— Tenho.

Virando o rosto devagar, Harry finalmente o encarou. Louis abaixou suas mãos e retribuiu aquele olhar, um sorriso genuíno tomou seu rosto quando ele observou a maneira como o cabelo de seu namorado estava a reluzir na luz do sol.

— Está bravo comigo? — O ruivo perguntou.

Louis negou com a cabeça tranquilo, aquele sorriso ainda em seu rosto.

— Não tenho motivos para estar — Ele ergueu seus ombros devagar.

— Tem certeza? — Harry sussurrou, seus olhos pareciam assustados e sua expressão era tensa — Posso fazer muito pior do que ontem, você vai querer ver meu pior lado?

— Você vai fugir quando ver o meu?

— Não — Harry sorriu tristemente — Mas o que de tão mal alguém como você pode fazer?

Louis pensou por um momento, relaxou o rosto contra o travesseiro e suspirou.

— Posso citar Oasis no momento em que você mais precisar de mim — Brincou ele.

Harry sorriu com mais alegria dessa vez, um sorriso poético como manchas no teto de um hotel, e outras coisas mais que ficam na memória sem razão nenhuma.

— Me conte mais sobre o que você estava pensando — Louis se aconchegou na cama, se virando para Harry — Você estava com as sobrancelhas daquele jeito — Ele imitou a expressão de seu namorado — Que você faz quando está estudando ou quando vai no meu apartamento e precisa andar com cuidado para não pisar em meias sujas e se esforça para não me xingar até o seu vocabulário chulo acabar.

I can't look up to the sky ☆ (l.s.)Onde histórias criam vida. Descubra agora