Capítulo 80

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O enterro de Min Chul atraiu muito olhares, inclusive da imprensa. Como haviam prometido, Seokjin e Moonbyul cuidaram de tudo, assim tiveram cuidado de preparar uma bonita recepção, com coroas de flores bem compostas e uma sala bem arrumada e bonita.

Era um enterro tradicional coreano, assim esse durou três dias seguidos. Yoongi e Namjoon recepcionavam os convidados — a tradição era o mais velho dos filhos, mas o youtuber quis o irmão ao seu lado a todo momento —, e depois participaram de todas as cerimônias necessárias. O manager se manteve sentado praticamente a todo momento, somente se levantou para colocar flores no caixão do pai, com ajuda de Seokjin que não saiu do seu lado. Os ferimentos dele ainda não estavam totalmente recuperados e qualquer esforço era muito para o pintor.

Bambam chegou e logo atraiu os olhares, principalmente os da imprensa que já especulava sobre a relação do jovem com o falecido, principalmente pelo tailandês estar tão desolado, os óculos escuros e nitidamente valiosos, não escondendo em nada o rosto choroso. E como se não bastasse os filhos de Chul não saiam de perto do rapaz, deixando-o próximo ao memorial, onde normalmente só a família mais próxima ficaria.

— Me parte o coração ver Bam desse jeito, mesmo não sendo de verdade... — Moonbyul sussurrou para o melhor amigo, ela trajava roupas simples e escuras, o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo.

— Em parte é... — Seokjin comentou, olhando em volta. — Ele não sabe de tudo... Só que ele está vivo.

Moonbyul concordou com a cabeça, suspirando pesado.

— Velho desgraçado.

Seokjin se controlou para não rir. Moonbyul estava há dias xingando Chul por a fazer chorar por ele, agora a policial falava que somente tivera pena pelos amigos, que nem gostava de Min tanto assim, somente o aturava.

— Acho que já está acabando. Não vejo a hora de poder tirar meu Namjoon daqui... Velórios duram tanto...

— É... e esse velho safado nem morreu de verdade.

— Shh!

Moonbyul estalou a língua, virando para o outro lado. Quando ela visse Min, iria lhe socar a cara.

— Chul, por quê?! Por quê?!

Yoongi ajeitou o óculos no rosto, fingindo ajeitar o cabelo de Namjoon — que estava sentado ao seu lado —, para não rir da atuação de Bambam. Ele era bom, poderia desbancar muitos atores, pois qualquer um ali tinha certeza que Min Chul estava morto somente pela forma que ele chorava.

— Irmão...

Yoongi olhou para Namjoon, sentando-se ao lado dele.

— O que foi, Joon? Precisa de algo?

— Eu 'tô triste. Tipo, de verdade. É loucura?

— Acho que não... de certa forma... De certa forma ele não vai mais estar com a gente, né? Então... — Yoongi murmurou, ele sentia que uma parte realmente havia morrido naquela explosão. Que não poderia ver o pai a hora que quisesse, que precisaria ser cuidadoso com o que dissesse a respeito do homem e aquilo só o faria sentir ainda mais falta do pai que ele estava apenas redescobrindo. — Eu também estou um pouco triste. Feliz, mas triste.

— É uma sensação agridoce.

Yoongi concordou com a cabeça, voltando a mexer no cabelo do irmão com carinho.

— Eu tenho medo — sussurrou Yoongi. — Ele vai estar longe da gente e não saberemos se algo acontecerá, sabe? E se essa história não chegou ao fim? Eu não sei bem o que pensar.

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