Capítulo 58

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Seokjin acordou pronto para lutar. Ele se sentou e olhou em volta, de olhos arregalados e as mãos em punho, até ver Namjoon deitado ao seu lado, ressonando baixinho enquanto dormia. O policial franziu a testa, tentando se recordar do que tinha acontecido, porém pareceu tudo uma nuvem confusa em sua mente.

Com dor de cabeça, levantou-se, gemendo baixinho enquanto tentava reconhecer onde estava. Algo parecia familiar no local, porém não tinha realmente certeza se conhecia ali. Mas, para a sua surpresa, instintivamente, encontrou o banheiro da suíte, apoiando-se na bancada da pia e gemendo outra vez. Tudo doía.

Se ele morreu e estava no céu — a única explicação para ter Namjoon ali consigo —, mas, por que seu corpo inteiro estava doendo?

— Jin?! Jin?! Ai, divindade!

O policial ouviu a voz desesperada de Namjoon e respirou fundo, movendo-se outra vez com dificuldade até a porta, abrindo-a de uma vez, dando de cara com o namorado.

— Ai, você 'tá bem! Pensei que tinha fugido... — Namjoon explicou, tocando no outro com cuidado. — Quer ajuda? Onde dói?

Seokjin piscou algumas vezes para o outro, sem entender.

— Você... não parece com raiva de mim — comentou Seokjin.

— Vem, amor... — Namjoon continuou guiando o policial de volta a cama e o ajudando se sentar de forma confortável.

— Namjoon...

— Eu não estou com raiva de você. Não mais, okay? — garantiu Namjoon, com cuidado colocando as pernas de Seokjin de volta na cama e as cobrindo em seguida. — O que você está sentindo?

— Confuso... Onde estamos? C-como?

Namjoon se sentou ao lado do namorado, afagando a sua cabeça com carinho.

— Na casa da praia, você lembra?

Seokjin fitou o outro alarmado.

— E o que estamos fazendo aqui?

— É uma longa história, mas basicamente, essa casa é do meu pai e é por isso que você está aqui.

O policial apertou os olhos.

— Desculpa, nada 'tá fazendo muito sentido, Namjoon.

— Hm... Quando você saiu atrás de Moonbyul eu fiquei me sentindo muito perdido, então reuni minhas coisas, peguei a moto e saí. Eu pretendia fugir do país, com medo de que você fosse me entregar, meu pai e tudo o mais — Namjoon proferiu calmamente, afinal ele tinha tempo para contar a história do seu ponto de vista. — Eu não sabia o que fazer e quando dei por mim estava na praia onde fizemos amor e depois vim parar aqui, onde encontrei meu pai e Bambam. — Ele sorriu se lembrando do susto que causara. — E-eu só queria estar perto de boas lembranças que tivemos.

Seokjin suspirou pesado e tentou se mexer, mas a lateral do seu corpo repuxou e ele gemeu.

— Não faça esforço!

O policial sorriu.

— Não foi nada — garantiu. — Hm... quem é Bambam?

— O namorado do papai. Ele é legal, foi quem tratou seus ferimentos.

— Como você ficou sabendo onde eu estava?

Namjoon mordeu o lábio inferior.

— Sua amiga depois que fugiu, ligou para mim. Ela não confia mais nos seus colegas e pediu ajuda ao meu pai.

Isso Seokjin se recordava; sua mente tinha uma ideia vaga de ter conversado com Moonbyul. Ainda era tudo nublado em sua memória, mas recordava-se dela dizer sobre um favor que agora devia a máfia.

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