Capítulo 5 | Mar De Blueberry

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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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*Alguns momentos antes...*

— Achamos ele chefe. – Diz um dos meus homens.

— Então peguem-o, quero ele aqui pra ontem – Ordeno e golo meu whisky.
Ele assente e sai da sala.

Tem um figlio di puttana que me deve uma grana preta a um ano e fugiu, coloquei gente para caça-lo durante todo esse tempo, então recentemente descobrimos que ele estava escondido aqui em Los Angeles.
O que foi uma ótima notícia, pois como eu teria que vir buscar minha noiva de qualquer jeito, já resolveria essa situação pessoalmente, à vista disso me antecipei e vim dias antes da data prevista para buscar a ragazza.

Reencontrei a peste loira depois de 15 anos, a mesma mimada e atrevida de sempre, essa ragazza me dá nos nervos; mas não por muito tempo, quando eu levá-la para Itália ela aprenderá a dançar minha coreografia, por bem ou por mal.
Nunca me agradei com essa história de casamento, sei que para assumir o lugar do meu pai de Capo di tutti capi devo me casar, mas eu quem devia escolher com quem, porém o chefão se antecipou com isso desde que eu tinha 07 anos.

Quebrar um acordo desses é sinal de desonra — e a máfia é a única coisa que importa para mim, cresci para assumir o lugar do Vincenzo — sendo assim como não tenho outra alternativa me casarei com a pirralha, apenas um contrato, sem apegos, e muito menos amor — não amo ninguém, não me acho nem capaz disso — no final ninguém merece tal ato vindo de mim — ela irá me obedecer, seguir minhas ordens, e daqui uns anos me dar um herdeiro, simples assim.

O que eu quero dela é medo e obediência, o que tenho de todos ao meu redor — é mais fácil assim — as pessoas são controladas pelo medo, consigo arrancar o que eu quiser delas dessa forma.
Sou conhecido como O Diabo por um motivo, todos temem a mim, e eu aprecio isso.

Sou tirado dos meus devaneios quando meu celular toca, aparece na tela uma chamada de Pietro, o segurança que cuida da ragazza sobre minhas ordens desde que ela era uma criança.
Atendo.

— O que quer? – Pergunto assim que atendo, ouço ele engolir o seco.

Chefe, a senhorita Melanie, ela… me enganou. Disse que ficaria num restaurante com a amiga e eu ficaria esperando aqui fora, mas ao ver que elas estavam demorando fui verificar e elas não estavam mais lá. – Ele conta, nervoso. Respiro fundo mexendo meu copo em círculos.

— Você está me dizendo que um soldado meu, que foi treinado por 10 anos para uma única função que é cuidar da peste, foi despistado por duas adolescentes assim? – Finjo calma.

Chefe… eu… não sei como aconteceu – Se defende, cabreiro.

— Se eu não achá-las em meia hora, você será um homem morto. Mande a localização do tal restaurante. – Desligo a chamada.

Pietro me envia a localização e chamo uns homens para me acompanhar — nunca ando sozinho, sou o filho do Capo da maior máfia italiana do mundo, e o Don da famiglia, temos rivais que ainda insistem em nos desafiar, ou seja, muito visado, sei me proteger mas não tenho o peito de aço — pego meu Audi R8 e saio da garagem do galpão com meus homens logo atrás.

[...]

Quando chego em frente ao restaurante olho no Google Maps os estabelecimentos próximos do restaurante.
Uma boate... A ragazza ainda é menor de idade, mas tenho certeza que ela deu um jeito de entrar.
Vou em direção a rua da boate cortando pneu, então ao passar por uma rua deserta vejo de relance algumas sombras, dou ré e entro na rua com tudo — estava certo.

Paixão Infernal Onde histórias criam vida. Descubra agora