Capítulo 23 | Pietro Perdoado

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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Acordo bem melhor — emocionalmente — do que fui dormir, o que demorou a acontecer, estava com muita raiva de Giovanni e me odiando por ter me entregado tão facilmente.
O incômodo entre as pernas ainda é tangível, mas não chega a ser nada tão doloroso.
Me levanto da cama e vou direto para o banheiro fazer minha higiene matinal e coloco um moletom por cima da camisola ao sair — o dia amanheceu frio novamente.
Desço as escadas indo direto para a cozinha.

— Bom dia, Melanie. – Deseja Valentina, ela está colocando a mesa.

— Bom dia Valentina. – Sorrio singela.

Sentado na mesa já está Mattia, com uma xícara de café na mão e teclando no notebook com a outra.
Estava concentrado até notar minha presença e abrir um sorriso sem mostrar os dentes, um tanto assustador.
Franzo as sobrancelhas enquanto me sento à sua frente.

— Bom dia… que sorriso… psicopata é esse? – Indago.
E começo a escolher o que comer diante da fartura que Valentina preparou.

— Parece que sua noite foi animada ontem, não? – Inquire ele, tamborilando os dedos na mesa.
Ruborizo.

— Não sei do que você está falando. – Refuto bebendo um gole de suco, numa tentativa de esconder o rosto.

— Olha, cunhadinha, gosto que vocês estejam aliviando aquela enorme tensão sexual, e, saber que eu estava certo é muito inspirador. Mas, não precisam derrubar o prédio às três horas da manhã. Eu preciso dormir, e seus gritos não me permitiram tal feito. – Discursa ele.
Ruborizo ainda mais.

— Meu Deus… – Balbucio.

— Na verdade, eu me encontro um pouco traumatizado, fiquei com medo dele estar tentando te matar. Você está bem? – Indaga, me fitando com a testa franzida. — Giovanni não tem uma boa fama quanto a… isso. – Gesticula.

— Eu estou bem… – Consigo sussurrar, ainda coibida.

— Ótimo. Na próxima vez me avisem para eu dormir fora. Nem vídeos de pornô chanchada são tão intensos quanto o som da transa de vocês. – Ele volta a olhar para o notebook.

— O Giovanni… ainda não chegou? – Sondo.
Ele franze a festa.

— Ele não dormiu com você? – Indaga. Engulo seco.

— Não.

— Nossa, que figlio di puttana… achei que tinha saído mais cedo. Ele saiu às três da manhã? – Investiga.

— Sim…

— Gostaria de deixar claro que não concordo com as atitudes babacas do meu irmão e pretendo tentar colocar juízo na cabeça dele. Você está bem com isso? – Declara ele, bebendo mais do café.
Hesito por um instante, mas tomo postura.

— Eu quero que o seu irmão vá pra senhora puta que pariu, Mattia. E o que aconteceu ontem não vai tornar a acontecer, se ele quiser pode voltar a procurar Donatella. – Expresso o mais friamente que consigo.
Então bebo mais suco, sentindo minha garganta seca de repente.

— Para uma ragazza de 18 anos você é muito madura, cunhada. Giovanni está a vacilando e não se dá conta. – Ele elogia e sorri sem mostrar os dentes. Sorrio fraco em resposta. — Eu preciso resolver umas coisas com meu pai, vou almoçar lá, vai querer ir? Se não for, o Pietro irá lhe levar e trazer do treino. – Ele perguntou.
E franzi as minhas sobrancelhas.

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