Capítulo 10 | Se Ela Sobreviver...

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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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*Alguns momentos antes…*

Eu sempre me controlo demais com ela, e nem sei o porquê, ninguém me tira do sério como ela faz e sai ileso, essa peste está me fazendo agir de maneira irracional.
Saio de casa direto para minha boate, faz um tempo que não vou lá e deixei o Lorenzo cuidando de tudo, ele é o meu braço direito, resolvo ir ver como estão as coisas.

Ao chegar lá encontro as dançarinas ensaiando, entre elas a Donatella, que abre um sorriso de orelha a orelha assim que me vê, reviro os olhos para o seu entusiasmo.
Donatella é irmã do Pietro, trabalha na boate desde os seus 18 anos, hoje tem 22. Eu me interessei por ela de início, loira, gostosa, decidida, ela resolveu que me queria e fez por onde ter — e eu aprecio essa atitude dela.
Lhe dei um apartamento para morar e lhe pago bem, ela apenas dança, o único homem com quem dorme sou eu.
Não tenho sentimentos por ela, é apenas sexo bom e caro, então se eu pago pra tê-la gosto de ser o único.

— Giovanni, veio me ver? – Ela me abraça e beija meu pescoço.
Não retribuo e ela se afasta.

Eu não beijo na boca — Donatella costuma gostar de carícias mas sabe dos limites — ela nunca me beijou, nem nenhuma outra.
Beijo envolve sentimentos e intimidade, coisa que não quero com mulher nenhuma.
Óbvio que já beijei na boca, mas faz muito tempo e não foi nada sentimental.

— Vim trabalhar – Respondo.

— Ah… Como está a relação com a noivinha? Fiquei esperando você no apartamento… – Pergunta com certa raiva disfarçada na voz.

— Não quero você falando dela. E eu não disse que iria ontem, disse que iria quando eu quisesse, agora volte ao trabalho, depois nos falamos – Ajeito o blazer e saio em direção ao escritório, onde encontro Lorenzo no computador, profissional e sério como sempre.
Na personalidade costumam dizer que ele se parece comigo, não só porquê somos meio irmãos.

Fratello, ia ligar para você agora, achei que ainda estava em casa, preciso daqueles documentos dos lucros do mês passado, estou desconfiando que fomos roubados, se eu estiver certo temos que descobrir quem é o culpado o quanto antes. – Ele muda sua atenção pra mim.

— Quando descobrir quem é o culpado, o serviço é meu. – Falo já com raiva.

— Pode deixar… Você pode ir buscar os documentos? Quanto antes melhor. – Ele volta a atenção para o notebook e bebe da sua xícara.

— Vou agora, volto em alguns minutos. – Saio do escritório.

Minha casa fica a dez minutos daqui então não tem problema, entro no carro e volto para casa, o que não demora.
Subo o apartamento e encontro Valentina arrumando as coisas na sala.

— Cadê a peste? – Indago.

— A senhorita Melanie disse que iria voltar a dormir e não queria ser incomodada. – Valentina parece aflita.

— Ok… – Subo as escadas em direção ao meu quarto, destranco a porta, entro, e abro o cofre que fica no closet.
Procuro pelos documentos que Lorenzo pediu e depois que acho, tranco novamente.

Saio do quarto apressado, vejo que a porta do quarto da Melanie está entreaberta, mas ignoro e passo por ela.
Porém quando avancei a sua porta algo me chamou atenção, um fraco cheiro de sangue invadiu minhas narinas.

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