Capítulo 30 | Donatella Faz Teatro

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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— Aah – Geme Donatella, ainda com as mãos na barriga.
Giovanni termina de tirar seu blazer e corre até ela.

— Como assim, "que porra eu fiz"? – Indago incrédula.

— O meu bebê, estou perdendo nosso filho, Gio… – Donatella grita dramaticamente.
Ela exagera tanto que começo a desconfiar da cena.

— Chame o Luigi, Melanie! – Ordena Giovanni.
Ainda desacreditada, pego o celular que ele me deu e procuro o número de Luigi que Mattia havia sugerido que eu tivesse na agenda.

Ligo e ele não demora a entender, explico brevemente a situação e ele diz que está nas redondezas e logo chegará.
Donatella chora enquanto abraça o pescoço de Giovanni, e geme de dor, teatralmente.
Não é possível que ele não esteja vendo isso.

— Que porra você fez, Melanie? – Sonda Giovanni, novamente.

— Por que acha que eu fiz algo? Ela chega aqui do nada, atrapalha meu almoço, me enche de desaforos, e eu fiz alguma coisa? Não é possível. Você não está enxergando que isso é uma armação dessa doente? – Questiono desacreditada.

— Eu vim lhe trazer as fotos do ultrassom, Gio… comi com a Melanie para nós resolvermos, mas ela me ameaçou… me enforcou! Só queria um ambiente tranquilo para meu filho e agora estou perdendo ele por causa dela! Aah – Geme novamente.
Respiro fundo e cerro os punhos.

— Você o que? – Giovanni franze as sobrancelhas.

— Ela ameaçou me matar. – Me defendo.

— Eu? Eu não seria capaz disso! – Profere ela. — Eu acho que eu… – A louca desmaia.

— Tá de brincadeira… – Resmungo para mim mesma e cruzo os braços. — Olha só! Além de puta e dançarina, você faz teatro? – Ironizo.

Um segurança entra no apartamento anunciando a chegada de Luigi, então Giovanni pega Donatella nos braços e leva para o andar de cima. Luigi entra e o segurança o acompanha.
Vou para a sala de jantar e levo a comida e a louça para a cozinha, onde Valentina está e permanece calada.

Volto para sala de jantar e me sento na cadeira, deito a cabeça na mesa respirando fundo, permaneço assim por longos minutos.
Então ouço um pigarreio. Me levanto vendo Mattia.

— O que houve? Ela está lá em cima? – Indaga.

— Sangrou, desmaiou, fez uma cena e me culpou. – Resumo.

— E você faz algo? – Franze as sobrancelhas.

— Óbvio que não… – Sou interrompida pelo grito de Giovanni, que entra na sala soltando fumaça pelas orelhas.

— NO QUE VOCÊ ESTAVA PENSANDO?

— O que? – Não entendo.

— O que colocou na comida dela? – Indaga. — Era uma criança, Melanie! Eu não acredito que você teve coragem de fazer isso, achei que eu era o monstro aqui, cazzo! – Acrescenta ele.
Franzi o nariz sem entender.

— Eu não entendi… – Sua risada psicopata ecoa no ambiente.

— Ela foi envenenada na última meia hora, o que causou um aborto! Vai dizer que não foi você? – Questiona.

— Eu não acredito. Você acha que eu seria capaz de matar um bebê? Eu não queria criar a criança, mas eu não sou louca, Giovanni! – Me altero.

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