Capítulo 40 | De Volta Ao Passado

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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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*Flashback: 10 anos atrás…*


Tinha acabado de chegar do treino com Mattia, estávamos entrando em casa.

— Vamos assustar a Mariá? – Mattia sugeriu com divertimento.

— Cresce, Mattia. Entra logo! – Empurrei sua cabeça para ele adiantar os passos.

— Você é muito rabugento, cara! – Ele resmungou.
Revirei os olhos e continuei o acompanhando.

Mariá e nossa mãe, Alessandra, estavam na sala. Mariá estava tocando piano enquanto minha mãe estava sentada ao seu lado apreciando a melodia.
Lorenzo está viajando com Vicenzo — contra sua vontade — então eu e Mattia ficamos em casa tomando conta das garotas — pode se dizer que eu sozinho — Mattia apesar de já participar de todos os treinamentos com seus 14 anos — um ano mais novo do que eu — tem menor mentalidade que Mariá que tem 13.

— Boa tarde queridos. Como foi hoje? – Perguntou nossa mãe.

— Tudo numa boa por lá… – Respondi indiferente me jogando no sofá.

— Eu me diverti! Alvejei três bonecos! – Mattia simulou uma arma com as mãos após jogar sua mochila no sofá.

Minha mãe balançou a cabeça em negação enquanto ria. Mariá terminou a música e finalmente se virou para nós.

— Me diz, como alvejar bonecos de madeira é divertido? – Ela franziu as sobrancelhas.

— Isso não é pra ser divertido – Censurei. — Não estamos num parque de diversões, Mattia só não entendeu ainda – Completei.

— Mas eu ainda acho diver…

— Primeira dama… – Um dos soldados do meu pai adentrou a sala correndo e ofegante, interrompendo Mattia.

— Aconteceu alguma coisa, Carlo? – Minha mãe perguntou já parecendo preocupada.

— Estão invadindo a casa, eles derrubaram os homens silenciosamente e desligaram as câmeras – Contou.

Mariá instantaneamente arregalou os olhos e ficou estática, minha mãe se levantou tentando permanecer impassível para não nos assustar e Mattia pareceu finalmente entender que isso não é a porra de um parque de diversões.

— O escritório, mãe, é o local mais seguro e a prova de balas, vamos pra lá e o Vicenzo vai ser avisado – Sugeri de imediato.

— Sim, vamos, vão crianças, rápido – Ela começou a nos guiar, mas Mariá permaneceu estática.

Mariá definitivamente não nasceu para viver nesse mundo, ela se assusta muito fácil e tem medo de tudo.

— Vão indo, mãe, eu levo a Mariá – Minha mãe assentiu e fui até Mariá. — Ei, pequena, não vai acontecer nada, vamos ficar seguros, vem, eu prometo não deixar nada acontecer com você – Olhei em seus olhos, idênticos aos de nossa mãe.

Ela despertou do transe e me deu a mão, então atento aos movimentos fui guiando Mariá até o escritório do nosso pai.
O escritório tem as paredes a prova de balas e é quase impossível arrombar a porta.

Entramos no escritório onde minha mãe e Mattia já estavam, minha mãe estava tentando telefonar pro Vicenzo.
Tranquei a porta e fiz Mariá se sentar, então começamos a ouvir disparos altos e muitos tombos.

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