Epílogo | Uma Mera Paixão Infernal

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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* 7 anos depois… *

Cruzei minhas pernas e dei um gole generoso no copo de whisky, já estava perdendo minha paciência com o velho.

— A quantia que você está pedindo é absurda! Chame seu marido! Exijo negociar com ele! – O velho teimoso retruca pela décima vez.

Queria poder simplesmente dar um tiro na cabeça desse insuportável, mas tem muito dinheiro em jogo nessa negociação.

— Eu tenho que lhe lembrar que não tenho a vida toda, senhor. Meus filhos estão me esperando para buscá-los na escola. – Olho brevemente o horário no relógio.

— Por que não deixa isso para os homens? Mulheres não sabem negociar! – Refutou.

Deixei escapar uma risada nasal, realmente achando graça do machismo do bastardo. Maneei a cabeça negativamente antes de retrucar.

— Se ele confiou em mim a negociação é porquê sou apta a estar aqui. O senhor não sabe o erro enorme que está cometendo em me subestimar. – Talvez, só talvez isso tenha sido uma ameaça da minha parte.

— E o que vai fazer, heim? Me matar? Me obrigar a pagar essa fortuna? – Questionou exasperado.
Respirei fundo, mais uma vez.

Ele tem sorte por eu ser paciente, Giovanni já teria estourado sua cabeça.

— A coca é a melhor da Europa. Espera ganhar a preço de banana? Não vai, não estamos em uma feira, você está comprando cocaína. – Discuti sarcástica.

— E o que você entende disso? É uma jovem! Já falei que quero ver o seu marido! – Rosnou.

Me levantei, puxando do coldre da calça jeans a minha adaga.
Em um movimento rápido já estava com o joelho esmagando o pau do homem que logo gritou, puxando seu cabelo e com a adaga em seu pescoço.

— Eu avisei que não tinha a vida toda, e avisei pra não me subestimar. Não vou atrasar um minuto sequer para buscar meus filhos perdendo meu tempo com você. Não vai pagar? Ótimo, continuaremos ricos, dominando a Itália e boa parte do mundo. – Pressionei a adaga.

— De-desculpe, primeira dama. O-oque vai fazer? – Ele levantou as mãos trêmulas em rendição, os olhos arregalados e apavorados.

Todos me conhecem e sabem do que sou capaz, mas certos idiotas insistem em me subestimar simplesmente por ser mulher. Estão fodidos, muito fodidos.

Addio, signore. (Adeus, senhor.) – Cortei sua garganta.

O sangue espirrou sujando a minha blusa, revirei os olhos, frustrada — agora teria que trocar de roupa antes de sair.

— Mande apagarem ele do mapa, Peter. – Passei pelo Peter deixando minha adaga suja em suas mãos.

Na esperança de haver alguma roupa minha no escritório do Giovanni, fui até lá — o mesmo não está aqui no centro hoje, está caçando um bastardo que nos deve.

Ele está literalmente caçando. O homem resolveu fugir de carro e Giovanni achou uma ótima ideia fazer um racha valendo a morte do bastardo — saiu tem uns quinze minutos para sua diversão estranha — e ficou por minha conta buscar as crianças na escola.

Depois de achar um vestido meu no escritório — que provavelmente deixei aqui no meio de alguma transa — vesti e sai do centro como se nada tivesse acontecido.

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