Capítulo 28 | Piscininha Amor

19.4K 1.4K 252
                                    

• ─────✧───── • ─────✧───── •
P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
• ─────✧───── • ─────✧───── •


— O que aconteceu que você está tão… estressada, hoje? – Pergunta Lorenzo enquanto estamos treinando.

— Não está sabendo da novidade? – Lanço a adaga em sua direção, ele desvia e ela crava na parede. — Você vai ser titio! – Completo rangendo os dentes.

— Você está grávida? – Pergunta estarrecido.

— Não! – Puxo a adaga da parede. — Donatella. – Conto.

— Puta que pariu… – Balbucia.

— E esse não é o maior problema… o problema é que ele quer que eu crie a criança como minha! Ah, me poupe, além de ser forçada a me casar vou ser forçada a ser mãe de um filho que nem gerei, também? – Pergunto retoricamente.
Coloquei a adaga na mesa, e peguei a Katana.

— São as leis da máfia, Melanie. Quando alguém faz um filho fora do casamento…

— ATA! Ele faz a porra do filho fora do casamento e eu que tenho que arcar com as consequências? Não, não aceito isso. – Vocifero, me posicionando.

— Ok, libere sua raiva, seu cunhado tá aqui pra ajudar, ragazza… – Balanço a cabeça negativamente.
Então começamos a lutar.

Estávamos nos dando bem — na medida do possível — dormimos juntos, e ele estava se mostrando o oposto do monstro que eu sempre achei que fosse — estava descobrindo um lado "bom" do diabo — no entanto, quando a esmola é demais o santo desconfia.
Por administrar toda a famiglia e em breve ser o próximo Capo de toda a máfia, supus que era no mínimo mais esperto, mas pelo visto estava enganada — ele é idiota o suficiente para acreditar na palavra de uma vagabunda que come de vez em quando — a própria que abre as pernas para seus próprios funcionários.

Além de engravidar a vagabunda, quer que eu crie o bebê. Não me imagino levando para escola o filho da amante do meu marido, seria humilhante demais.
Cuidar do filho de alguém por uma tarde é uma coisa, agora criar o filho de alguém durante uma vida é outra bem diferente.
E se ela resolver nos visitar? Ter que ouvir os chiliques e recomendações dela com frequência seria uma pesadelo — acho que o inferno tem uma sessão de tortura onde o castigado é ficar ouvindo ela falar — não me surpreenderia.

Giovanni não seria tão burro a ponto de não usar nenhum método contraceptivo com as vadias, seria? Isso com certeza foi armação dela, para tentar de alguma forma fazer que ele não a deixasse — eu não me importaria dele me liberar desse casamento e ir viver o felizes para sempre com ela — confesso que estou sentindo coisas por Giovanni que repugnava a ideia até semanas atrás, mas ainda assim, prefiro minha liberdade.

Vou ter que ficar presa a um casamento forçado e uma criança que não é minha — logo eu, que não me imaginava se casando e muito menos tendo filhos — queria seguir o meu sonho de dançar e ser uma grande bailarina, livre e feliz, viajando pelo mundo.

Agora estou com uma Katana em mãos treinando com meu cunhado — desejando que fosse o Giovanni, para que eu pudesse esfaqueia-lo de uma vez — na Itália, xingando mentalmente uma mulher por ter engravidado.
Eu chutei o feminismo com meu salto 15cm.

— Então, está se sentindo melhor? – Depois de 30 minutos desviando e contra-atacando meus golpes, Lorenzo me pergunta, ofegante.

— Não. – Coloco a Katana no painel. — Mas não tenho muito o que fazer, não é. – Suspiro.

Paixão Infernal Onde histórias criam vida. Descubra agora