Paixão Infernal

Capítulo 15 | Pega No Flagra

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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No treinamento de hoje aprendi como manusear uma Katana, e algumas outras facas menores. Meu treinador foi o Lorenzo, ele disse que meus movimentos são hábeis e que tenho talento pra coisa — a maneira fria e séria dele, contudo foi o que deu a entender.
Entrar nesse novo mundo está me despertando sensações de prazer e curiosidade abrasadoras — tenho sentido vontade de aprender mais sobre a máfia e sobre o que eles fazem.

Eu e Giovanni não conversamos muito, trocamos apenas palavras necessárias, pois ele estava com seu ódio gratuito da vida, como sempre.
Depois do treino por algum motivo desconhecido por mim, foi ele quem me levou pra casa.
Entramos em casa e enquanto tiro os tênis ele interfona para o apartamento de Mattia, ouço falar seu nome e Mattia a avisar que está subindo, o que não demora a acontecer e ele entra sorridente como sempre pela porta.

— Melanie, como está indo o treino? – Pergunta ele com empolgação.

— Bem interessante… – Exponho.

— Ótimo. – Ele me dá uma piscadela e segue para o bar.
Giovanni que nos observava insondável o acompanha.
Não fui chamada, mas sigo eles, Mattia se apoia no balcão e Giovanni se serve de whisky.

— Então, o Lorenzo achou o traidor? – Indaga Mattia.

— Avisou que de hoje não passa. – Declara ele.

— E você vai…

— Sim, seja lá quem for, roubou da famiglia, eu não deixaria o serviço para outra pessoa. — Precipita, e dá uma pausa. — Além do mais, preciso me desestressar, e nada melhor do que…

— Matar alguém? – Predigo. — Do que estão falando? – Sondo entrando no bar.

— Você não deve se intrometer nesses assuntos. – Adverte Giovanni.

— Por que não? – Me aproximo do balcão e apoio o braço esquerdo.
Ficando de frente para o Giovanni, arqueio uma sobrancelha.

— Por que não é da sua conta. – Rosna.

— Serei sua esposa, óbvio que é, costumam dizer nos votos sobre apoio, todos os meus problemas são seus e blá blá blá, é o que os casais fazem – Discuto irônica.

— Suba para a droga do quarto, e nos deixe a sós. – Ordena ele entre os dentes.

— Eu quero aprender mais sobre… vocês – Desabafo.

— Melanie não me faça repetir ou…

— Ou? Vai me levar lá pra cima me dando palmadas na bunda? – O desafio cruzando os braços. — Me poupe, Giovanni. – Ele me olha inescrutável, ou com ódio, não sei ao certo.
Então segura em meu maxilar me puxando para ele de forma brusca.

Nossos rostos estão separados por centímetros e estou na ponta dos pés. Sinto a força da sua respiração no meu rosto e o cheiro forte de whisky invade minhas narinas.
Giovanni analisa minuciosamente os detalhes do meu rosto parando brevemente em minha boca que está franzida e subindo novamente para meus olhos, me queimando, a raiva nas suas esferas azuis acinzentadas é aparente. Então ele sussurra…

— Eu posso fazer muito mais do que lhe dar palmadas na bunda e você sabe disso. Me respeite ragazza, você não sabe o que tenho vontade de fazer com você. – Ele afrouxa a mão e sinto meu maxilar dolorido.
Então seu celular toca.