Capítulo 25 | Eu O Matei

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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Não estava animada para o tal evento — que seria mais especificamente um baile, em um cassino da cidade — mas queria saber se o assassino do Pietro estaria lá.

Então mesmo a contragosto, quando deu 19:00h comecei a me preparar, tomei banho, lavei e sequei os cabelos, fazendo até uns cachos com babyliss, fiz uma bela maquiagem, hidratei a pele e me perfumei, escolhi alguns acessórios, e por fim fui escolher meu vestido.
Optei por um vestido preto longo, alças, e uma fenda começando no início da coxa, as costas nuas e um decote V que se inicia abaixo do meu peito, deixando o vale dos mesmos expostos, e um salto da mesma cor.

E por um último, coloquei na coxa o coldre simples de perna que havia pegado no centro de treinamento mais cedo — mesmo abalada pela morte do Pietro resolvi que treinar e me ocupar com algo seria melhor do que ficar em casa procrastinando voltar a viver — então encaixo no coldre uma adaga de 25 centímetros, cabo preto e lâmina prata.
Dou alguns passos para checar se não vai dar para perceber ou me incomodar a andar. E finalmente estou pronta.

Já eram 21:00h quando saí do quarto, horário exato que Giovanni me avisou que iríamos, de manhã, antes de sair do meu quarto.
Inclusive, ele dormiu comigo e não tive pesadelos, no entanto pela manhã ele levantou da cama em um pulo parecendo surpreso por estar ali — ele até mesmo gaguejou — o que me deu vontade de rir, mas apenas franzi as sobrancelhas demonstrando estar confusa por sua reação.
Então ele avisou sobre o horário e saiu do quarto.

Desço as escadas e encontro Giovanni sentado no sofá, as pernas cruzadas e um copo de whisky nas mãos — roupas pretas e whisky pelo visto é sua marca registrada — ele percebe minha presença e me avalia de cima a baixo.
Observo-o contrair os lábios, então bebe seu líquido âmbar de uma vez e deixa o copo de lado.
Chego ao final da escada e me aproximo.

— Aqui, use isso. – Me estende uma máscara.
A cor dela é preta, combinando com minha roupa, e tem alguns detalhes e glitter.

— Um baile de máscaras? – Franzo as sobrancelhas.

— Sim. – Argue sua máscara em demonstração.
Também é preta, porém mais simples.

— Ok, como vou reconhecê-lo assim? – Sondo.

— Algo me diz que vai. – Fala assertivo.
Então se levanta.

Saímos do apartamento em direção a garagem e entramos no seu Audi.
Os homens dele já ficaram a postos e nos acompanharam em um carro logo atrás.

— Você vai ficar perto de mim, e me avisar caso reconheça o figlio di puttana – Informa ele, sem tirar os olhos da estrada.

— E quando eu reconhecê-lo? Se ele estiver lá… –Indago, um tanto nervosa, brincando distraidamente com minha pulseira.

— Você vai fazer o que eu mandar, e me deixar cuidar de tudo. – Responde óbvio.

— Claro, fazer o que você mandar… – Ironizo, revirando os olhos.

— Ou o que? Quer matar ele você mesma? Não te quero envolvida nisso, Melanie. – Censura, travando o maxilar.

— É inevitável me envolver nessas coisas sendo sua esposa, só tem que aceitar. – Refuto.
Mordo o lábio e cruzo os braços, mudando minha atenção para a janela.

Chegamos no cassino e tem uma fortaleza de seguranças cercando o local, alguns outros carros de luxo também estão estacionando, e Giovanni faz o mesmo.
Espero ele dar a volta e abrir a porta para mim enquanto coloco a máscara, então Giovanni me estende a mão para me ajudar a sair, quando estou de pé fora do carro ele fecha a porta e leva a mão sutilmente a minha coluna, me guiando para a entrada, atraindo muitos olhares, algumas pessoas estão visivelmente intimidadas com a presença dele, o que é de se admirar – pois o lugar só tem mafiosos, mafiosos intimidados com apenas um — o que mostra que Giovanni é absurdamente poderoso.
Entramos no local, todos de máscara e bem vestidos, bebendo, conversando e jogando.

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