Capítulo 46 | Doce Vingança

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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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— Onde ele está? – Perguntei friamente com os punhos cerrados.
Consigo sentir meu sangue pulsando em minhas veias, de puro ódio.

— No final do corredor, Capo. – Um dos meus homens aponta para a porta dupla.

Meus passos ecoam por toda a extensão do local, quase fazendo o chão tremer. Pela raiva que estou sentindo, acho que isso não é só uma impressão.
Abro as portas, já entrando e nem me importo em fechá-las.

Federico está pendurado por correntes pelas mãos, nu, como um porco pronto pro abate, da mesma forma que seu pai fez comigo e Mattia, e ele fez um Melanie.

Ainda está desacordado. Olho ao redor do grande cômodo em que as paredes cinzas desgastadas são altas e sem janelas, com apenas um duto de ventilação.
Como havia pedido, vejo o dobro de ferramentas para o serviço, bem mais do que costumo usar.
Decidi testar novos métodos hoje.

Caminho até uma mangueira em que os jatos são fortes — aquelas mangueiras geralmente usadas pelos bombeiros ou para limpar carros e concretos.
Limpa sem nem mesmo usar sabão. Uma grande aliada depois das torturas. Nos ajuda a não deixar provas de que algo aconteceu no local.

Me aproximo devagar do desgraçado, jogando a água nele logo em seguida.
E acordo-o em um susto.

Sei que esses jatos doem, incomodam um pouco, mas Federico não iria deixar transparecer.
Não ligo, até porquê isso não é nada perto do que planejo fazer com ele.

— Acordou, princesa? – Perguntei com sarcasmo evidente na voz.

Sua expressão não me agrada em nada, séria e sombria como de costume. Estava louco para ver o desespero em seu olhar — e faria acontecer — esperei isso por muitos anos.

— Não vai nem me dar um "oi"? – Balancei a cabeça em negação.

Ele continuou calado.
Mas que falta de educação em.
Para ensiná-lo a infernizar a vida alheia Gianmarco foi bom, agora pra ensiná-lo bons modos não?

— Que cara é essa? Pensei que estaria feliz quando nos encontrássemos novamente. – Admiro uma adaga com uma lâmina limpa e afiada, meu reflexo estava nela, era belíssima. Me aproximo mais do figlio di puttana. – Você tá com uma cara muito fechada, abra um sorriso!

Proponho, olhando em seus olhos.
Eu mesmo tinha um sorriso genuíno no rosto, deveras empolgado para vê-lo gritar e implorar para morrer logo.
Mas nem fodendo eu faria isso, seria algo doloroso e lento pra ele — muito lento.

O mesmo cospe na minha cara.
Limpo sua saliva enquanto rio calmamente, sem me importar muito pra sua birra infantil.

Faço dois cortes profundos nas laterais de sua boca, fazendo o sorriso que eu tanto queria ver, aparecer — talvez um pouco macabro e artificial — mas, ainda assim, um sorriso.

Um grito escapou de seus lábios — imagino a dor pungente que ele deve estar sentindo — coitado, não imagina o que está por vir.
O sangue começa a escorrer pelo pescoço e depois pelo resto do corpo.
Seu olhar de ódio cai sobre mim, e eu sorrio abertamente.

— Se não vai ser por bem, vai ser por mal… Você fica ótimo fazendo cosplay do coringa. – Gracejo.

Fico um tempo encarando-o decidindo qual será minha próxima diversão — são tantas as opções que fico até perdido.

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