Capítulo 29 | Traição

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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Acordei e Giovanni não estava mais na cama, já havia saído de casa, então vim para o centro de treinamento com Mattia e Peter, e no momento acabei de sair da sala de tiro, pronta para ir embora.

— Preciso passar na boate para pegar uns documentos. Se quiser ir com Peter no outro carro, tudo bem… – Mattia avisa.

— Não, eu vou com você, em casa fico no tédio mesmo… – Profiro pegando minha mochila.
Acompanho Mattia até o seu carro e logo estamos indo em direção a boate.

— Como você está com… esse negócio da gravidez? – Indaga ele.

— Ótima, não vê? – Ironizo. — Seu irmão só pode estar louco se acha que vou mesmo cuidar dessa criança. – Cruzo os braços emburrada.

— Ah, Melanie. Não vai ser tão ruim… é um bebêzinho. – Ele afina a voz, faço cara de nojo.

— Um bebêzinho da Donatella. – Reviro os olhos.

— O bebê não tem culpa.

— Cuide você, então. – Refuto com cara de poucos amigos.

— Eu serei o titio que estraga a criança.
Deixo pra cuidar quando eu tiver o meu. – Ele gesticula.

— Caso esse filho seja dele, o que eu duvido, você seria o tio. Eu não sou nada, por que tenho que cuidar? Me poupe. – Bufo.

— Donatella não ficava com outros caras…

— Não foi o que eu ouvi. – Chegamos à boate.

— O que você ouviu? – Ele me encara.

— Pergunte para as dançarinas. – Abro a porta do carro.

— Melanie, o que ouviu? – Pergunta novamente.

— O corno é sempre o último a saber, Mattia… – Debocho.
Antes que ele volte a insistir, entro na boate.

Mattia não pergunta novamente o que ouvi e seguimos em direção a sala de Giovanni, caminhando entre os funcionários que estão arrumando o salão para abrir o estabelecimento à noite.

Chegamos no corredor do escritório do Giovanni, e ouço a voz de Donatella, Mattia arregala os olhos ao meu lado e eu cerro os meus.
Nos aproximamos e empurrei a porta que estava entreaberta, já entrando.

— Iiih, cazzo… – Balbucia Mattia ao meu lado.

Sinto uma mistura de raiva e repulsa pela cena que vejo. Donatella está abraçando o pescoço do Giovanni e o beijando na boca, e ele está com as mãos na cintura da mesma.
Quando notou minha presença a empurrou e arregalou brevemente os olhos, e ela se virou e abriu um sorriso presunçoso.
A raiva que estou sentindo no momento convulsiva, a situação é degradante.
Conversamos ontem, ele fez todo um teatro para parecer sincero e agora o encontro com a vadia que ele jurou não ter mais nada?

Junto todas as minhas forças e respiro fundo cerrando os punhos, então me viro empurrando Mattia e pisando forte pelo corredor.

— Melanie… – Giovanni me grita. Ignoro-o e continuo andando, até que ele corre parando em minha frente, bloqueando a passagem. — Não foi o que você tá pen… – Lhe interrompi com uma gargalhada sem humor algum.

— Não foi o que estou pensando? Tá bom, e o que foi? Pra mim a cena foi bem contundente, mas talvez eu esteja cega, não é? – Cruzo os braços.

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