Capítulo 33 | Fim Da Caçada

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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— Tem certeza que você quer ir? Eu posso ir sozin…

— Eu vou, Giovanni. Eu quero fazer isso. – Refuto.

Tem uma semana que estamos nos Estados Unidos. Nos últimos seis dias Giovanni mal parou no Hotel pois estava caçando o mandante do assassinato do meu pai.
E enquanto ele fazia isso fiquei no hospital com minha mãe, a melhora dela esses dias foram significativas, em breve ela terá alta, já até resolvemos os detalhes da viagem.

E hoje pela manhã ele o achou, disse que a noite iríamos vir resolver esse assunto — passei o dia todo numa ansiedade terrível.
E agora estamos no carro indo para o galpão onde está o homem.

— E o que você acha que vai fazer com ele? – Pergunta Giovanni.

— Matá-lo? – Lhe encaro óbvia.

— Só chegar lá e matá-lo? – Sonda.

— Não sei, vamos chegar lá primeiro, ok?! – Cruzo os braços, suspirando.

Permanecemos calados o resto do caminho, então Giovanni estaciona em frente a um galpão numa área da cidade que é cercada por fábricas e outros galpões.
Uma escolha inteligente eu diria, pois o lugar é uma metalúrgica, quem desconfiaria que matam pessoas aqui?

Desço do carro e um segurança se aproxima pegando a chave na mão de Giovanni, o espero e caminhamos juntos para dentro.

Depois de passar pela metalúrgica, entramos em uma sala onde a única lâmpada acesa está fraca e iluminando apenas o homem.
Ele nota nossa presença, levanta a cabeça e sorri, o que me dá ainda mais raiva do desgraçado.
É um homem de meia idade, cabelos pretos e um pouco musculoso.

— Vá em frente, Melanie. – Giovanni me encoraja.

Ao lado do homem tem uma mesa, onde vejo facas, alicates, armas, umas seringas, entre outras coisas.
Caminho até ela e o homem me segue com os olhos.
Escolho uma adaga, passo ela na ponta do dedo e vejo que está afiada.
Levo o dedo a boca limpando a gotícula de sangue e encaro o homem.

— Você sabe por que está aqui? – Indago, alto o suficiente apenas pra ele ouvir.

— Eu não pedi um serviço de uber, enfiaram o saco na minha cabeça e me colocaram aqui, como eu vou saber? – O desgraçado ainda debocha.

Giovanni se aproxima e se escora na mesa, os lábios contraídos encarando o homem com ódio.

— Vamos lá, peste… – Ouço Giovanni sussurrar.
O encarei capturando a excitação dos seus olhos.

Por mais que ele diga que não me quer envolvida nesses assuntos, ele gosta do que estou me tornado — só não quer admitir.

— Qual é o seu nome? – Pergunto ao homem.

— Lewis.

— Lewis, você está aqui porque matou meu pai. – Paro em sua frente.
O homem me fita por alguns segundos, e então ri.

— O seu pai merecia. – Ele diz assertivo.

— Sim, o meu pai podia até merecer. Mas a minha mãe não merecia estar no hospital! – Rosno.

— Seu pai devia muito dinheiro. – Continua a rebater.

— Não me importo com o quanto ele devia, ainda não justifica ter ferido minha mãe. – Minha voz fria, carregada de rancor ecoa pelo ambiente.

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