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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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Dirigi a toda velocidade depois da ligação de Melanie, aturdido com a ideia de que algo poderia ter acontecido, com ela.
Eu mesmo me surpreendi com o tamanho da minha preocupação ao ouvi-la chorando no outro lado da linha, apenas corri até o carro e saí em disparada para o local que a mesma indicou.Quando cheguei na estrada, estava chovendo, de longe já vi o carro que Pietro dirigia parado, atrás dele tem mais um carro parado no meio da estrada, estaciono e os homens que me acompanharam fazem o mesmo.
Desço no carro e me aproximo, consigo ouvir o choro agudo da Melanie acompanhado de soluços e algumas palavras desconexas.Quando ultrapasso o caro avisto a mesma aplicando pressão no peito do Pietro na tentativa de ressuscitá-lo, seu rosto está vermelho, molhado pelas lágrimas e pela chuva, seu cabelo grudado na pele, soltos, diferente de mais cedo, e suas mãos e braços cobertos de sangue que está dissolvendo com a água, consigo captar alguns cortes espalhados por eles também.
Me aproximo em passos mais rápidos e me agacho ao lado deles, diante da poça de sangue e água misturados.— C-chame um médico, t-temos que levar ele, chame um médico. – Ela continua tentando acordá-lo.
Checo a pulsação do Pietro, e constato que ele está realmente morto.— Melanie… ele está… – Seguro em seu braço, mas ela desvencilha.
— Não, não diga que ele está morto! Ele não pode morrer! Eu não posso perder mais ninguém! – Prediz, e volta a tocá-lo, sacudindo seu corpo.
— Melanie, não tem mais o que fazer, venha. – Puxo-a pelo braço pra que ela levante.
— Não, não, Giovanni, ele não está morto! – Ela bate no meu peito com as mãos fechadas.
A única reação que tenho é de puxá-la contra meu corpo e abraçá-la, não suportando ver seu estado, apertando-a para que ela pare de se debater.
E assim ela faz, se aninhando no meu peito enquanto soluça, chorando, agarrando minha camisa como uma criança desolada.Vejo marcas de pneus mais a frente, e um homem morto, presumo que alguém fugiu, e que isso é obra dos russos.
Espero Melanie se acalmar enquanto afago seus cabelos, e meus homens já começam a dar um jeito nos corpos.— Vamos, precisamos cuidar dos machucados. E você vai ficar doente nessa chuva. – Examino melhor seus braços, estão com alguns cortes rasos e arranhões.
Melanie não para de chorar, mas caminha comigo até o carro.A deixo no banco do passageiro e faço a volta dando partida. Desvio dos carros e sigo em direção ao apartamento.
Seu choro me incomoda — não de maneira irritante — apenas não gosto de vê-la assim, quero que pare, que passe.
Ela parece estar sentindo dor, e tem dificuldade para respirar.
Freio o carro e seguro nos braços, forçando ela a olhar para mim.— Precisa respirar, Melanie. – Censuro. — Preciso que respire, respire fundo. – Completo ríspido.
O corpo dela treme, e o tom da sua pele está muito vermelho.Não entendo de crises de pânico, mas parece ser o que ela está tendo, ela parece estar em choque.
— E-eu não aguento mais… – Murmura, com a voz trêmula e o olhar inconsolável.
Tiro o seu cinto e puxo seu corpo para o meu colo com facilidade, seguro sua nuca olhando nos seus olhos.
Sinto que se não tranquilizá-la ela passará mal a qualquer momento.
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Paixão Infernal
RomanceMelanie ainda antes do seu nascimento foi prometida em casamento ao futuro Capo di tutti capi da maior máfia italiana chamada Cosa Nostra. Com seu espírito aventureiro, são poucas as coisas que lhe metem medo, sendo assim, ela não cederá tão fácil a...