Capítulo 20 | Beijo Roubado

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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Já enchi meu copo três vezes e o Giovanni ainda está enfiado naquela sala com aqueles homens.
Estou sentada em um sofá reservado que dá a visão do palco, onde algumas meninas dançam enquanto os caras jogam dinheiro.
Sinto vontade de ir ao banheiro e me levanto, o segurança do Giovanni já se atenta e começa a me seguir.

Entro no banheiro que está vazio, e vou para uma das cabines — devo dizer que o Giovanni está de parabéns na organização do local — além de elegante, espaçoso e bonito, o banheiro é extremamente limpo. Estou prestes a sair da cabine, quando vozes adentram o banheiro.

— Você viu a esposa do chefe? Parece que nem saiu da adolescência ainda, um verdadeiro desperdício casar o Giovanni com aquela dali. – Uma delas diz.

— Todos sabem que o casamento não passa de uma fachada amiga, ela deve comer na mão deve enquanto ele come a Donatella – Elas riem em coro.

— Ele merecia coisa melhor que as duas, a esposa é uma criancinha e a amante uma vadia, se ele bem soubesse que Donatella pega os seguranças daqui escondido…

— Com a fama de Diabo na terra que ele tem, mataria ela sem pensar. Coisa que não acho que vá demorar a acontecer com a esposa troféu, quando ele assumir o lugar do pai, com certeza vai dar um fim nela.

— Sim, ele não vai ficar queimando a imagem ao lado de uma criança por muito mais tempo – Elas riem novamente.

Cansada da palhaçada — e sentindo meu sangue ferver enquanto pulsa nas minhas veias — saio da cabine com a expressão mais fria que consigo, e as risadas deixam de ser ouvidas.
Caminho até a pia ao lado esquerdo das duas e começo a lavar as mãos. As duas me encaram pelo espelho atônitas.

— Sabiam que é feio falar mal dos outros pelas costas? – Pergunto retórica. — O que o Giovanni faria se soubesse que as funcionárias dele estão falando mal da futura primeira dama por aí? – Completo.

— O que vai fazer? Ir correndo contar para o maridinho que ouviu uma fofoca no banheiro? Pela fama que tem de não se importar com ninguém, não acredito que ele vá ligar. – A morena ri com deboche.

— Eu não vou ir falar com ele. Mas acredito que vocês devem compreender que eu não posso deixar isso assim né? – Arqueio a sobrancelha. — Se eu quiser que as pessoas me respeitem, principalmente, digo isso com todo respeito, prostitutas como vocês, eu devo me impor. – Gesticulo, e elas riem novamente.

— E o que vai fazer? Chamar o segurança? Ou nos bater? – Dessa vez também dou risada, uma gargalhada fria enquanto balanço a cabeça negativamente.

— Não, não… meus problemas eu resolvo sozinha…

Antes de dar a chance de qualquer uma delas falar mais alguma coisa, puxo a nuca da morena batendo sua testa no mármore da pia, ela grita e puxo sua cabeça de volta me dando a visão de um corte horizontal em sua testa que começa a sair sangue, faço que ela me olhe enquanto está ajoelhada.

— Espero que agora pense duas vezes antes de me envolver nas suas conversas – Sorrio antes de bater novamente sua cabeça contra o mármore.
Dessa vez quebrando sua boca, fazendo gotas de sangue sujar sua roupa e chão.
A solto e ela cai, cuspindo o sangue e gemendo de dor.

Quando capto a amiga dela, suas feições estão horrorizadas, os olhos arregalados e a mão à frente da boca.
Ela cai em si e se aproxima para ajudar a amiga, se abaixando e apoiando a mão na pia fazendo com que seu braço fique esticado.

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