Capítulo 13 | Centro De Treinamento

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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Acordo com uma vontade imensa de dançar, então resolvo conhecer a sala de dança que Giovanni mandou fazer.
Me levanto e vou para o banheiro fazer minha higiene e trocar os curativos do pulso — hoje o médico vem tirar os pontos — prendo o cabelo em um coque e visto o maiô e a sapatilha que minha mãe me deu, junto a uma meia calça branca.
Pego meu pen drive — havia passado todas as músicas do meu celular para ele antes de tentar fugir — e saio do quarto.

Desço para tomar café e Giovanni não está mais em casa, Mattia já está aqui, no entanto, está como sempre concentrado no computador na sala de estar.
Tomo café sozinha na sala de jantar e depois subo novamente.

Entro no quarto e acento o interruptor da luz, que ilumina todo o quarto, o chão é de madeira maciça, brilha por conta do verniz, a única parede visível é na cor bege, combinando com meu quarto, todas as outras tem espelhos do chão ao teto, em frente a parede vazia tem um painel de som, e tem quatro alto falantes nos quatro cantos superiores das paredes, também tem fitas de led espalhadas pelos cantos das paredes tanto na vertical quanto na horizontal, dois poles dances estão do lado esquerdo, com distância de aproximadamente um metro e meio um do outro, e o resto da sala é livre.

Coloco o pen drive no som e escolho uma música que Julie costumava dizer que se sentia empoderada ao ouvir — eu achava engraçado ver ela dançar essa música com a maior empolgação no meu quarto — se chama "Feeling Good", aumento o volume e ligo a led no vermelho, então dou início a uma coreografia improvisada.

Começo na primeira posição — passei muitos dias sem dançar — início com os  passos leves para meu corpo se acostumar.
Quando o instrumental da música começa faço um frappé e giro, em seguida um Jeté curto.
Sinto arrepios ao decorrer da música, ao passar lentamente os dedos sobre meu braço acima da cabeça, meu corpo todo se eletriza.
Ao decorrer dos segundos, mais alta e intensa a música parece entrar na minha cabeça. Faço um Chainés, e depois a troca de pés. Quando a música fica lenta novamente faço um  Cambré, meus cabelos soltam do coque e se arrastam no chão.

A música se intensifica novamente e caminho até o pole dance, quando subo nele sinto uma pontada no pulso — mas pouco me importa agora — giro com as pernas cruzadas e vou descendo o corpo até estar de cabeça pra baixo.
Os quatro minutos de música acabam, estou ofegante, e suada, sinto meus cabelos grudados na nuca — como eu estava com saudades disso.
Ouço palmas e olho pra porta, onde Mattia está escorado no batente com um sorriso de orelha a orelha.

— Não sabia que era tão boa cunhadinha, cazzo! – Ele entra no quarto. Desligo a luz vermelha e ligo a luz branca. — Trouxe água. – Ele me entrega uma garrafinha.

— Obrigado Mattia – Abro e bebo uns goles.

— Nossa você estava tão… viva, enquanto dançava. Não vi muito, só um minuto de dança por aí, mas é contagiante a sua energia – Ele dá os ombros.

— A Julie costumava falar que a dança faz parte de mim… – Comento.

— Pelo visto ela estava certa. Bom, não vim lhe atrapalhar a toa, vim avisar que tenho que ir ao centro de treinamento. Vai ficar bem sozinha? – Ele franze a sobrancelha.

— Centro de treinamento? – Sondo.

— Onde treinamos e levamos as vitim… o Lorenzo solicitou minha presença lá pra… um serviço. – Ele hesita e se atrapalha.

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