Capítulo 44 | O Sequestro

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P.O.V GIOVANNI CASSANO:
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— Você não vai conseguir tirar nada de mim, já fui torturado das piores formas – O monte de merda na minha frente diz quase sem voz.

Ele já está sem unhas, sem uma orelha, com a cara toda fodida e sangrenta.
Tô tentando ao máximo controlar a minha raiva, se eu descontar nele metade do que estou sentindo vou matá-lo em um segundo.

Respirei fundo e resolvi fazer diferente.

— Existe um limite pra dor, é fato… mas não existe um limite pro medo. – Peguei uma pistola no coldre.
O homem riu com ceticismo.

— Desista, não vai descobrir onde está sua mulher.

— Ah, eu vou sim… – Afirmei. Tirei 5 das seis balas que tinha na pistola e girei o tambor. — Vamos brincar, agora…

Fratello, você não está pensando…

— Estou. – Predigo. Aponto a arma na testa do infeliz. — Quem morrer primeiro ganha. Vamos começar com você! – Puxei o gatilho.

Disparei a primeira vez e o homem apertou os olhos, não tinha bala.

— Minha vez… – Apontei a arma na minha cabeça e disparei. Nada. — Deu empate na primeira rodada – Ri diabolicamente.

Apontei outra vez na cabeça dele, novamente o click é ouvido e nada.

— Porra… – Ele balbuciou temeroso.

— Faltam só três tentativas… – Sussurrei sombriamente. — De nós dois, quem será que vai morrer? Vou por você, de novo! – Arregalei os olhos sorrindo sem mostrar os dentes.

— P-pare com isso… – Clamou.
Apontei na sua cabeça novamente.

Atirei, e nada, ele não morreu.
Até porquê a bala está em último lugar… provavelmente.

— Minha vez de novo… – Apontei pra minha cabeça, e iria morrer se meus cálculos estivessem errados.
Mas atirei, click, e nada.
Apontei na cabeça do homem…

— Chega… chega… eu conto, eu conto! – Disse exasperado.

— Ora… não foi tão difícil… vamos, onde ele a levou? – Perguntei ansioso, porém, impassível.

— Ele alugou um dos galpões da parte afastada da cidade na região norte, longe da civilização, na floresta… – Contou.

— Tem diversos galpões naquele lugar! Qual galpão, cazzo? – Indaguei.

— Eu não sei… ele não contou a ninguém a localização exata – Respondeu.
Olhei em seus olhos e infelizmente ele estava dizendo a verdade, não vi mentira neles.

— Ótimo. Seu trabalho acabou aqui. – Atirei em sua testa com a única bala que estava na pistola.
Sem tempo de apreciá-lo perder a vida, saí da sala.

Já tinha chamado hackers e investigadores, estavam todos na sala de segurança.
Fui até lá e Mattia me acompanhou. Entrei na sala bruscamente chamando atenção de todos.

— Área norte, na floresta. Ele alugou um galpão, descubram agora! – Vociferei.
De imediato todos começaram a trabalhar nos computadores.

Estava impaciente e aflito, andando de um lado a outro na sala — porém com as expressões firmes, não demonstraria vulnerabilidade assim — mas por dentro estava sentindo minha garganta seca, e um aperto incomum no peito.

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