Capítulo 6 | Tapa Na cara

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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— Ai! Caralho… – Resmungo, quando sinto minhas costas tombarem no chão.

Me levando segurando no pole dance e olho para Giovanni que está em pé em frente a minha porta, seu olhar queima no corpo, seus músculos estão tensos e ele está com os braços cruzados.
Veste uma camisa preta, uma calça jeans e uma jaqueta de couro grafite, com um tênis — primeira vez que o vejo sem terno — odeio admitir, mas se não fosse ele eu o acharia atraente.

— Que porra você tá fazendo aqui? Não sabe bater? – Vocifero e não obtenho resposta. — Giovanni!!! – Grito cerrando os punhos ao lado das coxas.

— Eu… a porta estava aberta, e eu não preciso bater – Ele responde secamente.

— Não sabia que era mal educado. O que faz aqui? – Caminho até meu criado mudo pegando uma garrafinha de água e bebendo.

Depois que acordei com uma ressaca horrível, decidi dançar para tentar melhorar meu estado — e até que resolveu — e me ajudou a me distrair das lembranças de todos os acontecimentos de ontem — que agora voltaram com tudo ao ver esse ser parado na minha frente.

— O que acha que vim fazer aqui? Acha pouco a sua brincadeira de ontem? – Questiona ríspido. — Você quer virar uma drogada como seu pai? – Completa, aperto os olhos e as unhas na palma da mão.

— Não se meta na minha vida, o que faço ou deixo de fazer não lhe interessa – Debato tentando soar apática.

— Não me interessa? Você acha que quem controlava sua vida durante todos esses anos? – Ele ri sem humor. — Acha que a mando de quem o seu adorado Pietro trabalha? Eu sei todos os seus passos desde que era uma pirralha de 13 anos, ragazza. – Completa e fico perplexa.

— Como assim? – Indago.

— O Pietro só é próximo de você por que eu ordenei, ele só cuida de você por que eu quero, ele foi contratado por mim, e não por seus pais, só conversa com você por que eu permito. Você estudou onde eu quis, fez o que eu quis, viveu até onde eu quis, não entendeu ainda? – Relata com desdém.

Meus olhos marejaram de imediato, mas levantei o rosto e respirei fundo mordendo o lábio inferior, esbugalhei os olhos para impedir que as lágrimas escapassem, e finalmente tirei as unhas das mãos, sentindo as minhas palmas arder.

— Vá se foder. – Esbravejo rangendo os dentes.

— O que? – Sonda Giovanni.

— Vá. Se. Foder. – Rosno, pausadamente e lhe encaro com raiva.

— Olha como fala comigo, ragazza – Adverte Giovanni entre os dentes.

— Você nem devia estar aqui agora! Pelo que eu entendi você só deveria aparecer quando eu fizesse 18 anos, isso só acontece amanhã, e você já está me enchendo o saco a três dias! Achei que as leis nessa sua organização criminosa eram cumpridas com destreza, você não me pareceu o tipo que não cumpre com o combinado – Alfineto firme e sarcástica, sem fraquejar em nenhum momento.

Ele pareceu surpreso por um breve instante, mas logo tomou postura formando uma carranca raivosa no rosto, me olhando com ódio.
Giovanni se aproxima em passos ligeiros, ficando a poucos centímetros de mim.

— Você já me pertence desde antes mesmo de nascer, sabe disso. – Refuta de forma fria. Pega uma mecha dos meus cabelos que estava no meu rosto e gira nos dedos, olhando em meus olhos. — Uns dias a mais ou a menos não mudam os fatos. – Complementa secamente.

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