Capítulo 36 | Tortura

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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— Senhora Melanie Cassano? – Um médico se aproxima.
Me levanto de imediato.

— Sim, sou eu.

— Já retiramos o prójetio da coxa do seu marido, fizemos uma transfusão devido a grande quantidade de sangue que ele perdeu, mas quanto ao tiro, ele não ficará com sequelas, em poucos dias estará novo em folha. O senhor Cassano já está acordado e exigiu vê-la. – O médico informou.

— Claro. – O acompanho.
Agradecendo mentalmente por não ter acontecido nada grave com o Giovanni.
Os minutos de espera enquanto ele estava na sala de cirurgia foram torturantes.

Entrei no quarto onde Giovanni estava e ele logo me encarou.
Inexequível, sem demonstrar dor ou emoções.
Seria sempre assim com ele? Uma barreira inquebrável?

— Você está bem? – Pergunto rapidamente.
Me aproximo, ficando ao lado da cama, poucos centímetros de distância.

— Tomei um tiro na perna e falhei em matar o principal Maledetto. Estou com ódio, ragazza. – Ele responde secamente.

— Quando o levarem pro galpão, irei dar um jeito. – Trato.

— Tem certeza que quer fazer isso? – Seu olhar muda, ficando cauteloso. — Não quero que… você está se corrompendo nesse mundo, Melanie. – Ele não desvia os olhos do meu, preocupado.

— Agora é o meu mundo também. Eu vou fazer isso, você não está em condições e…

— Senhor Cassano, com licença. – Peter adentra o quarto. — Pegamos ele e levamos para o galpão. Quais são as próximas ordens? – Indaga, intercalando o olhar entre mim e Giovanni.

Giovanni alcançou minha mão e a apertou, chamando minha atenção, me virei para olhá-lo.
Ele apertou os olhos e então me encarou novamente, agora mais tranquilo que antes.

— Vá em frente, peste. Você está no comando… por enquanto. – Anunciou.
Mordi o lábio, então maneei a cabeça concordando.

— Você vai me levar até ele. – Comunico Peter.
Ele apenas assente e fica me aguardando com as mãos cruzadas em frente ao corpo.

— Venha cá. – Giovanni me puxou. Inclinei meu corpo deixando nossos rostos a poucos centímetros de distância. — Eu queria muito estar lá pra ver o que vai fazer. Como eu já disse, isso me excita. – Declarou.
Ruborizei pela presença de Peter.

Giovanni puxou minha nuca e capturou meus lábios, num beijo reivindicativo e veemente.
Nos separamos e ele me encarou venerado.

— Divirta-se. Eu costumo me divertir com isso. – Um sorriso psicopata brinca em seus lábios.
Balanço a cabeça negativamente.

— Espero lhe deixar orgulhoso – O olho confiante, me afastando. — Vamos. – Chamo Peter.

Saímos do quarto do Giovanni e do hospital. Entrei no carro e Peter partiu na direção do galpão.

Estava perdida em pensamentos durante o caminho.
O que estava me tornando?
Tomei a frente da responsabilidade de matar o homem sem que ninguém me pedisse. Estava tomando gosto por isso. Acima de tudo, pela vingança.
Afinal ele merece, matou o Vicenzo — que, sobretudo, merecia — um dos seus homens feriu o Giovanni e ele estava lá atrás de mim, também.

Talvez eu não seja uma pessoa má.
E sim algum tipo de… justiceira da máfia? Prefiro pensar assim.

Chegamos ao galpão e Peter me guiou até a sala onde o homem estava.
O local estava pouco iluminado, com uma lâmpada fraca pairando sobre a cabeça do homem.
Ele já está bem debilitado, pendurado pelas correntes pelos braços e também uma tornozeleira nos calcanhares, apenas de cueca, com marcas roxas no rosto, braços e barriga, inclusive está dopado.

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