Capítulo 19 | Quase Beijo

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P.O.V MELANIE RODRÍGUEZ:
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— Não é a sua casa, é a casa do Giovanni – Debate a vadia.

— Você sabe o que é isso aqui? – Aponto para aliança no meu dedo. — Não é um simples anel, é uma aliança, simboliza o casamento, e aquela ali no dedo dele mostra que ele está casado comigo, ou seja, sim, a casa é minha. – Completo.

De relance vejo que Giovanni nos fita se divertindo com a situação, o punho cerrado apoiando o queixo, e o cotovelo sobre o balcão, sua outra mão girando lentamente o copo de whisky.

— Esse casamento não vale de nada, querida. No mundo deles os homens são casados somente no papel, por estratégia ou obrigação, mas os verdadeiros amores ficam sempre escondidos debaixo dos panos, todos sabem que esse casamento de vocês é pura fachada. Você é uma criança, o que o Giovanni veria em você? – Discute ela assertiva.

— Hmm, eu entendo. Mas você sabe que ele não era obrigado a se casar comigo, né? Poderia escolher outra noiva se assim quisesse. Visto que ninguém obrigaria o diabo a nada que ele não quisesse, o que me leva a questionar o por que de não ser você no meu lugar… – Abro um sorriso falso, e apoio os antebraços no balcão, ficando a menos de um metro de distância da Donatella.

— Não é assim que as coisas funcionam, você já era a noivinha pronta para a exposição, mas sabemos quem ele prefere. – Ela joga o cabelo para o lado, típico.

— Ele já me disse que prefere as experientes. –  Dou uma risada irônica. — Mas me diz, saber que satisfaz alguém na cama deve ser muito legal, mas como é o sentimento de ser escondida de todos, e ser vista apenas como a puta, lanchinho do chefe? Bom, acredito que mesmo que fosse a última opção, você não seria a pessoa levada para, por exemplo, um evento social. – Completo.
Ela me olha incrédula, mas logo sua expressão muda para raiva, e um tom avermelhado assume sua pele.

— Eu também queria perguntar como é saber que seu marido prefere sexo com outra – Debate quando se recompõe.

— Eu não ligo para a vida sexual do meu marido, portanto que ele não queira me incluir na lista interminável dele de objetos sexuais – Miro Giovanni, que me observa atônito.

— Quer saber, vamos Giovanni? Não aguento mais olhar para a cara dela. – Ela mexe nos cabelos.

— Vamos pra onde? Você apareceu aqui do nada, e eu havia avisado que não deveria fazer isso, não requisitei seus serviços hoje – Profere Giovanni indiferente.
Mordo o lábio segurando o riso.

— Eu vim pois senti sua falta, a dias não nos vemos. – Ela força uma voz manhosa.
Repugnante diga-se de passagem.

— O diabo arrasando corações – Murmuro para mim mesma com um risinho.
Mas Giovanni ouve e me encara com um olhar predador, mudando de repente suas feições.

— Em breve será o seu, ragazza. – Ele disfarça um sorriso no canto dos lábios.

— Só nos seus sonhos, marido. – Sorrio falsa.

— Donatella, volte para o apartamento, eu deixei claro que não deve me procurar a menos que eu chame. E tem ciência o suficiente de que não farei mais isso. – A expressão de Giovanni muda novamente, para sua carranca fria e indiferente.

— Vai mesmo me recusar pra ficar com essa…  criança louca? – Ela gesticula me fitando com desdém.
Giovanni trava o maxilar e pega o celular para digitar algo.

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