Passar pano nos carros era difícil. Fazer tudo em duas horas piorava a situação. Ele não conseguiu chegar à metade. Não levava jeito para aquele trabalho. Pediria demissão. Jogou o paninho no carro em exibição. Atrás de Max a pequena equipe de limpeza o encarava com estranheza. O homem quase o expulsou quando insistiu que precisava limpar os carros por pelo menos duas horas. Horner não estava por perto, porém havia câmeras por toda parte.
— É meu trabalho agora. – explicou irritado.
Sua pequena plateia afastou-se em silêncio, deixando-o sozinho.
Max chutou a roda de um dos carros.
Aquela situação era ridícula. Só precisava dizer a verdade para Kelly e fingir que não se sentia afetado por Aspen. Depois resolveria os problemas com seus impulsos de raiva preocupantes.
Era isso.
Para que mentir? Ele não sentia nada por Aspen!
— Já parou de trabalhar? Que corpo mole é esse, Max? – perguntou Horner levantando a voz como se falasse com qualquer um – Te dei um trabalho.
— Vou buscar minha filha pra passear, não enche.
Pegou o pano do chão e colocou na mão de Horner.
— Termina o trabalho. – mandou.
Ignorou o chefe, porque não sabia até quando conseguiria engolir todos os palavrões que conhecia. Era atormentador ter que ser tão legal com todos, quando no fundo só queria revirar os olhos, bufar, ignorar, e parcialmente mandar se afastar. Agora só buscava dar um exemplo bom de um pai com vinte e três anos.
O que ele sabia?
Olhou para o celular jogado no banco do passageiro. Havia duas chamadas perdidas de sua irmã. Obviamente eles tinham um relacionamento afastado, porque ele decidiu ficar com o pai pela carreira, e ela desejou o amor materno ainda restante. Max tentava na maioria das vezes se enturmar na família, principalmente depois de Kelly. Contudo, aquele não era seu verdadeiro eu.
Sua família estava excessivamente feliz com as mudanças. Seu pai claramente não gostava da maneira como Max superou tudo, até mesmo ele. Kelly dominava a vida do holandês dizendo que não podia mais dar socos em salas vazias esperando ser o suficiente para lidar com problemas familiares. Ela sabia muito sobre problemas familiares.
Encostou a testa no volante, deixando o ar gelado diminuir todo o suor acumulado pelo nervosismo de quase ter chegado a tempo de não conseguir recusar uma ligação de Victoria.
As perguntas dela o deixava furioso, mas não podia finalizar a ligação sem deixa-la se despedir, caso contrário teria que conversar com a mãe, e aquilo era pior. Aguentava a decepção do pai, no entanto Sophie não podia saber que o filho estava perdendo o controle.
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Starting Line ✔
FanfictionSua maior certeza era que a amava, e seria seu número um. #1 Verstappen (10/05/22)