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Maxine agarrou a cintura da mãe, fingindo não ouvir os chamados da professora

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Maxine agarrou a cintura da mãe, fingindo não ouvir os chamados da professora. Aspen tentou desgrudar a filha de si, mas ela se mantinha firme e forte, resistindo a todas as tentativas maternas. Não importou-se com os olhares dos colegas de classe, ou questionamentos de mães muito boas para deixar seus filhos terem aquela atitude.

Aspen respirou fundo.

— Preciso falar sobre suas faltas e ir trabalhar. – murmurou calmamente – Venho te buscar as cinco, tudo bem?

— Pappa não deixaria!

— Claro que deixaria.

A menina fechou os olhos com força, negando com a cabeça.

— Se você for boazinha, pode ligar para seu pai hoje.

Sorriu aceitando a ideia, sem reclamar ou pedir algo mais. Maxine poderia gritar durante a ligação pedindo por socorro, inventando milhares de deveres de casa, e chorar bastante.

Soltou a cintura da mãe, arrumando a mochila nas costas.

Ela odiava a escola, porque não se sentia bem perto de tantas crianças fazendo comentários bobos sobre ela. Maxine entendia sua atual situação com a mãe, o quão difícil era a vida para ambas, porém estudava em uma das melhores escolas de Oslo. Tirava boas notas, e tentava não demonstrar completamente a vontade de jogar seus livros no lixo.

— Amo você.

— Também te amo, mamma. – respondera desanimada.

Com os ombros caídos, dera os primeiros passos para dentro da escola. Maxine imaginou que nunca mais veria aquelas paredes repleta de cartazes infantis, flores, dicas de reciclagem, como abordar a leitura. Entrou na sala ouvindo os falatórios alheios de seus colegas. Sentou-se perto da janela, deixando a mochila de lado.

— Você não disse que nunca mais voltaria e blah blah blah. – Jakob gritou ao vê-la, fazendo seus amigos rirem.

Maxine manteve-se em silêncio. Eles tinham motivos para rir, porque realmente havia dito sobre o pai ser uma grande celebridade e que jamais voltaria para Olso, a menos se fosse muito necessário. Era melhor ficar quieta, antes que piorasse sua fama de mentirosa e briguenta.

Aspen esperou por muito tempo a professora da filha. Haily não sorriu ao ver Rendall. Era uma mulher alta, de pernas longas, cabelos naturalmente dourados e olhar presunçoso. Maxine a odiava, porém sabia o quanto a filha podia ser difícil.

— Haily, olá. Como vai? – sorriu simpática.

— Agora estou mais atrasada, mas como posso te ajudar, Astrid?

Escondeu a mão atrás das costas, fechando-a em punho. O estresse estava lhe matando. Conseguia se segurar com Maxine, porque a amava, mas Haily? Se não tomasse cuidado, acabaria na delegacia.

— Maxine faltou algumas aulas, talvez seja um problema, mas não se preocupe, porque tivemos aulas em casa.

— Aham. – olhou-a com desinteresse – Sei que é difícil ser mãe solteira, porém não posso ser responsável da sua irresponsabilidade.

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