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Não era dia de corrida, mas o resultado valia uma grande parte da sua vida

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Não era dia de corrida, mas o resultado valia uma grande parte da sua vida. Se tudo terminasse mal, não saberia como resolver. Decidiu não falar com ninguém para manter-se calmo. Aspen o esperaria na clínica, porque queria acalmar Maxine sozinha, sem criar grandes suspeitas. Ele passou minutos pensativos debaixo da água quente, pensando em possibilidades ruins. Perder a filha seria terrível para o holandês.

Dirigiu com cuidado até a clínica, respeitando todas as leis de transito, pois precisava de tempo até a verdade. Ele sabia que Maxine era sua filha, mas não queria que ela soubesse que existia qualquer um duvidando, ou que ele duvidava. Aspen jamais mentiria para Max, ou então teria feito antes.

Horner o esperava na porta sem qualquer olhar acolhedor.

— Vai ser rápido.

Passara pelas portas de vidro sentindo o frio lhe arrepiar. Maxine estava sentada ao lado da mãe fazendo caça palavras. Usava o casaco azul que pai lhe dera.

— Olá. – a norueguesa sorriu ao vê-lo.

— Ei!

Sentou-se ao lado da filha, averiguando sua capacidade de encontrar palavras, era impressionante. Maxine não falara com ele para não perder a concentração, e Max a entendia porque ficava assim antes de uma corrida. Ela queria ganhar, ele a apoiava.

— Chegaram faz muito tempo? – perguntou interessado.

— Não muito.

Horner trocou palavras algumas com o recepcionista.

— Serão os próximos. – dissera sentando-se do outro lado da sala.

Ainda não havia visto Maxine, e mesmo de cabeça baixa conseguia ver muitas semelhanças com Max. Não era somente a aparência, mas seus gestos. Ao encara-lo, entendeu o que o piloto dizia sobre terem os mesmos olhos. Ela carregava o semblante de arrogância e indiferença do pai. Aquilo tornava Verstappen um campeão, e Horner viu nela a capacidade de conseguir o mesmo.

— Maxine Rendall. – chamaram.

A menina levantou a mão. Deixou os pertences com o pai e seguiu a mãe sem deixar sua mão.

Aspen sentou a filha na maca.

— Olá, sou Angelina.

— Igual a Jolie? – a menina o sorriu.

— Mas sem a fama.

Anuiu mexendo os pés para frente e para trás.

— Meu pai é famoso.

— É mesmo? Quem é ele?

— Max Verstappen. Ele é piloto, o melhor.

— Deve ser muito legal ter um pai famoso.

— É sim. – sorriu orgulhosa.

A médica pegou o cotonete especial.

— Só precisa abrir a boca, será rápido.

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