Max bebeu um gole do café sem açúcar, sentindo tudo dentro de si revirar grotescamente. Ele queria muito vomitar, e depois dormir por dias, mas precisava se recuperar antes de embarcar rumo à Suíça. Ele estava concentrado no que a filha fazia, fingindo ter algum problema na pele, usando a geleia como a suposta doença. Por mais nojento que fosse, não conseguia desviar o olhar.
— Quer ser médica também?
— Prefiro ser desempregada.
— Eu também. – bebeu outro gole do café.
Médicos eram chatos, e boa parte deles mentirosos. Quando Penelope deu indícios que gostava de brincar de médica, todos ficaram felizes, mas Max precisou se segurar para não revirar os olhos. Empregos comuns que normalmente faziam crianças sonharem não era interessante, não fazia sentido achar fofo um menino sonhando em ser bombeiro! Fofa era sua filha que sonhava em cuidar das próprias doenças contagiosas, porque quando tudo dava errado, ela comia a geleia e abria um sorriso.
Batidas na porta o fizeram fechar os olhos com força.
— Pappa vai explodir! – Maxine avisou ao ver a mãe passar apressada por eles até a porta.
Max esticou-se até o comprimido deixado por Aspen antes de lhe dar o café.
Lewis sentou-se a mesa de café da manhã dos Verstappen. Maxine sorriu ao vê-lo. Max estava de roupão, e uma tolha de rosto ao redor do pescoço.
— Bom dia Max!
— Ainda é noite, não dormir. – o loiro resmungou.
— Ele se jogou na piscina, sozinho. – Maxine acusou – Não pude entrar.
Max enfiou dois pedaços de bolo na boca, mastigando-os com dificuldade. Pelo olhar de Lewis, sabia que a conversa seria séria e cansativa. Ele não queria perder tempo com dramas, estava de férias. Provavelmente precisaria encontrar um presente de natal para Maxine, e talvez um velho barbudo disposto a descer pela lareira.
— Coma um pouco Lewis, ontem foi uma noite e tanto. – Aspen sorriu cortando um mamão, e dando cada pedaço para o marido e filha – Você aceita um?
— É claro, se não for incomodo.
— Só funciona com açúcar. – Max reclamou pegando a granola – Nossa alimentação é uma piada.
Maxine concordou.
Aspen cortou um pedaço do mamão para o britânico e ficou com o outro.
O mamão servia bem mais com açúcar, mas se ousasse se esticar até ele, Aspen lhe daria um pote de açúcar que não prejudicava suas veias, e Max o odiava. Viver por mais tempo era bom, porém não valia a pena se fosse comer como uma vaca no pasto.
Maxine lambeu a geleia no dorso da mão quando se cansou de cutucar a gosma com o garfo, e abriu o livro na página marcada, balançando as pernas debaixo da mesa.
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Starting Line ✔
FanfictionSua maior certeza era que a amava, e seria seu número um. #1 Verstappen (10/05/22)