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Todas aquelas caixas não caberiam no quarto, por maior que fosse o cômodo, Aspen não tiraria seus livros das estantes para acomodar tantas blusas. Deveria ter parado Persephone quando teve a chance. Visualizando todas as peças não imaginou tantos gastos. Ela havia escolhido milhares de calças que duvidava ter tempo de usar cada uma. Como explicaria aquilo para Max? O dinheiro não era dela, e se fosse, jamais iria tão longe.
— Não gosto mais de loiro em mim, não espere muito. – Pierre dissera a Percy.
— Se minha mãe descobrir sobre essa fofoca, vai querer que Lance termine, e eu não estou afim de explicar.
— Ele é bem maior que eu.
As portas do elevador se abriram.
Pierre comprou uma roupa parecida com das loiras, uma versão mais escura do verde claro que usavam. Percy achou a ideia péssima, porém o francês não se importou. Aspen não conseguia segurar o sorriso quando os dois começavam a discutir, era engraçado e fofo.
Aspen preparou-se mentalmente para lidar com a fechadura digital da porta, e depois com Max vendo todo seu dinheiro indo para o ralo porque Claire Stroll achava que Aspen Rendall conseguiria lidar com todos usando qualquer grife de nome difícil. Explicar aquilo em voz alta seria um desafio.
— Sua casa é bem chique! – Gasly comentou impressionado.
A porta abriu com um clique.
Charles estava sentado no chão ao lado de Maxine, enquanto a menina e o pai dirigiam. Haviam pedido pizza, e bebido bastante refrigerante. A bagunça estava concentrada na sala.
— Onde arrumou um desses? – Pierre perguntou.
Maxine virou-se para trás, deixando que o carro girasse e batesse em Max. Ela correu até a mãe, abraçando sua cintura com força. Max havia tentado inutilmente fazer um rabo de cavalo, porém estava bastante torto. Aspen arrumou o cabelo da filha, recebendo um sorriso de agradecimento.
— Fiz dez voltas, sozinha!
— Isso é incrível, estou orgulhosa.
O francês olhou para a menina com um sorriso bobo no rosto.
— Sua filha é tão fofa, Max. – suspirou.
O holandês o ignorou.
Charles passou a mão no cabelo de Pierre estranhando a coloração.
— Que besteira foi essa?
— Persephone me odeia!
O elevador de serviço apitou, e os funcionários do prédio começaram a trazer todas as compras. Aspen quis se esconder, porque era mais do que precisava. Nunca na sua vida inteira se imaginou vivendo aquela situação.
Maxine saiu dos seus braços para abrir uma das caixas gigantescas.
— Bem, vocês tem hora marcada na Balmain. – avisou Persephone – Porque não compramos tudo isso sem necessidade.
