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Persephone Stoll saíra de um livro

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Persephone Stoll saíra de um livro. Era aquela a única verdade que conhecia. Não importava se viera do Canadá, como disse enquanto dirigia ao ateliê, ou qualquer outro país do planeta, ela havia sido descrita para impressionar os leitores ou ser odiada. Aspen teria relido sobre Percy diversas vezes, e teria colocado nela alguns poderes incríveis. A imaginação da norueguesa a deixou ocupada por minutos o suficiente para se desligar da realidade. Era assustador.

— Finalmente!

Acordou do transe ao ouvir a repentina voz feminina. Percy possuía grande semelhança com a mãe, porém o nariz era mais arrebitado e os olhos expressivos. A mulher estava sentada no sofá como uma lady, segurava a taça de vinho com elegância.

— Mãe, essa é Aspen, namorada do Max. – apresentou.

— Olá, como vai?

Claire levantou-se para abraça-la. Percebera que aquela família amava contato.

— A famosa Aspen que acertou no ninho, mas errou no passarinho.

— Max é o passarinho?

Ela queria saber quem poderia ser melhor que Max. Existiam muitos homens no mundo, mas nenhum deles conheceu a Aspen de cabelo turquesa e com o sonho de viajar.

A Stroll lhe lançou uma piscadinha divertida.

— Menos papo e mais ação!

Tudo aquilo lhe impressionou. As luzes diminuíram, as modelos apareceram, e as roupas não pareciam reais diante dela. Ela nunca havia visto aquela moda antes, porque suas vestimentas eram baseadas nas mulheres de Oslo, tudo muito simples e casual. Como nunca estivera em eventos, ou festas badaladas, Aspen só tinha um único vestido vermelho que comprou após pensar muito a respeito.

— Iremos juntas de Balmain. – avisou Percy para a mãe.

— Separei uma horinha amanhã para os meninos, eles vão amar. – respondera, ganhando da filha um sorriso.

— Quanto é aquele vestido? – apontou para a modelo de cabelos longos parada no canto da sala.

Elas haviam comentado brevemente o nome da grife, mas estava ocupada realmente reparando neles. Ainda que fosse preto, ficaria lindo no seu corpo, os detalhes minimalista de flores por seus braços, peito, e quadril, a renda descendo por suas pernas, tornando-se uma cauda. Aquele era o vestido que uma rainha usaria.

Qualquer que fosse o preço valeria a pena pagar Max com calma quando encontrasse um emprego.

Percy encostou o ombro no de Aspen.

— Não perguntamos o preço. – cochichou em segredo.

— Então como sabem quanto gastaram?

Ela calculava tudo. Do inicio ao fim. Fora assim que aprendeu a sobreviver com tão pouco.

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