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Max não gostava de olhar para o lado e ver Daniel passando os canais sem permitir que ouvissem um segundo

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Max não gostava de olhar para o lado e ver Daniel passando os canais sem permitir que ouvissem um segundo... Se tivessem sorte, ficavam dois minutos vendo qualquer programa, porém o australiano se entediava facilmente. Assistia algumas séries, muitas vezes passando diálogos como um louco. Max não conseguia compreender o contexto, apesar do amigo tentar lhe explicar, sempre parava no meio do caminho chocado com mais uma cena. Com reality conseguia ver até o fim.

Os amigos também estiveram andando pela propriedade. Decidiram dividir o lago igualmente, cada um tendo seu deque pessoal. Max aproveitou para lhe mostrar a ideia da pista de Kart, e Daniel aprovou, dando uma grande parte da sua propriedade. Conseguiriam um kartódromo particular em poucos meses. Em breve também pensaria em um heliporto.

O lugar era tão gigantesco, que Max estava severamente pensando em comprar carrinhos de golfe para poder andar livremente por todos os hectares. Provavelmente Daniel concordaria.

— Temo ter perdido Maxine de novo. – avisara ao entrar na biblioteca – Ela nunca fica no mesmo lugar.

— Grite por ela.

— Tentei.

Aspen coçou a testa. Ela havia passado seus poucos dias fazendo anotações dos candidatos para cuidar da casa. Não gostava da ideia, porém não podia cuidar de tudo sozinha tendo duas crianças pequenas por perto. Fez poucas entrevistas, sem encontrar nada de especial ou preocupante. Precisava se decidir logo.

— Estive com Daniel planejando a pista de Kart, achei que estivesse atrás de mim.

— Ela está lá fora?

— Provável que não, teria visto um ponto amarelo em tanto verde.

A norueguesa colocou o bloco na mesinha ao lado do sofá, e levantou-se.

— Ela não pode desaparecer assim.

— Mas aconteceu, Aspen. Estou dizendo, não me responde.

A mulher verificou os cômodos mais próximos da biblioteca, deixando a porta aberta quando tinha certeza que Maxine não estava escondida. Apesar dos chamados, nenhuma resposta. Os armários da cozinha na parte debaixo estavam vazios, sem comida ou Maxine. O porão fechado. Os gatos sozinhos. Caminhou para o lado esquerdo do primeiro andar junto a Max. Abriu algumas portas, buscando pela filha. No último cômodo havia somente móveis cobertos.

— Maxine? – chamara calmamente.

Max acendeu as luzes.

Aspen parou diante da figura que deveria ser uma menina de blusa amarela.

— Que tipo de atrocidade aprontou? – o holandês não escondeu a surpresa ao ver a filha naquele estado.

— Queria ver o que tinha dentro da lareira. Não esperava que fosse sujeira.

Seus cabelos antes loiros estavam completamente sujos de carvão, assim como as roupas e corpo. Coçava o nariz sem parar, irritada com a sensação de algo dentro dele.

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