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As malas continuavam prontas para a qualquer momento voltar à Noruega

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As malas continuavam prontas para a qualquer momento voltar à Noruega. Aspen acordava e dormia olhando para as bagagens no canto do quarto, esperando que fizesse qualquer movimento anormal, talvez um dos seus personagens favoritos saísse para lhe ajudar, ou surgisse um terrível monstro dali.

O apartamento era muito grande para duas pessoas. Principalmente quando elas costumavam passar muitas horas em silêncio, com a mente presa em algum mundo irreal.

A sala se acoplava a imensa cozinha americana extremamente minimalista, do lado esquerdo paredes de vidro davam aos moradores a bela paisagem de Londres. O corredor havia dois quartos grandes com suítes, um escritório gigantesco, um banheiro, e outro cômodo vazio. Aspen achou engraçado quando viu que o lugar já possuía móveis novos, eletrodomésticos difíceis de mexer e uma voz feminina que sempre perguntava se ela queria diminuir as luzes da sala.

— Muito pouco sangue. – Maxine terminou o livro e se esticou para pegar outro de suspense.

— Esse é seu melhor resumo? Pouco sangue?

— Só me compra livro infantil.

A norueguesa sorriu.

Aqueles livros jamais poderiam ser lidos por crianças, falavam sobre assassinato, investigação e alguns detalhes sórdidos de antigos serial killers, porém nada que tirasse o sono de Maxine. Aspen os lia antes escondidos, para ter certeza que nenhum trauma chegaria para destruir sua infância.

— Como vai Tolkien?

— Metade do livro. Pappa ler muito devagar.

— Quando terminar iremos buscar senhor dos anéis.

Virou-se para a mãe com os olhos brilhando.

— Dizem que é mais sombrio.

— É sim. Sauron saindo da toca.

Sorriu animada.

— Mal posso esperar por isso.

Ás vezes passeavam após o sol se pôr. Maxine sentava no banco do parque ao lado da mãe e observava todos os cães que pulavam de um lado para o outro.

— É tão difícil encontrar um famoso. – suspirou a menina – Tudo não passa de uma ilusão.

— Quem queria ver?

— Harry Styles. Vi que mora por aqui.

— Não sabia que gostava dele.

— Não gosto.

Aspen estreitou os olhos para a filha, tentando decifrar o que aquilo significava. Ela sempre a surpreendia.

— Então por que espera vê-lo?

— Nunca conheci um famoso, parece ser legal.

— Não é mais legal que ver Tom Hiddleston.

Sorriam cumplices.

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