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Ele estava pensando sobre as palavras de Barbara ultimamente, e essa foi uma das razões de ter ficado parado na porta da joalheria esperando impacientemente. Max queria ter alguma base para escolher joias, mas era tão ruim quanto imaginava. Isso porque seu pai não lhe ensinou a ser cavalheiro, e nunca pensou em aprender. Abrir portas, puxar cadeiras, deixar que as damas passassem primeiro, tudo isso era novidade.
Anéis costumavam ser grandes, porém não poderia escolher um diamante qualquer para Aspen, ela sempre foi fora de órbita. Desejava encontrar muitas opções, pois dirigiu por horas até a Cartier.
Mandou uma mensagem para Aspen dizendo que precisava fazer algumas mudanças no carro. Ela obviamente desconfiou, porém não perguntou mais nada.
Max ficou de pé por duas horas, sendo alvo de olhares desconfiados dos funcionários que entravam. Provavelmente não era comum um homem de boné e óculos escuros ficar tanto tempo parado na porta de uma joalheria famosa.
Passou pelas portas, sabendo que deixaria alguma parte do corpo para trás.
— Bom dia senhor, como posso ajuda-lo?
O loiro tirou os óculos, olhando nas poucas vitrines.
— Quero um anel de noivado. Daqueles chiques.
— Por favor, me acompanhe.
Ele o fez. Tirou o boné pelo caminho para não desconfiarem da sua integridade. Foi levado para uma sala reservada, com uma mesa grande e cadeiras confortáveis. Max se sentiu em algum filme antigo da máfia.
A funcionária de coque apertado e terninho trouxe muitas opções, todas parecidas na concepção do piloto. Os preços eram absurdos, quase a metade do valor de sua casa. Com aquilo poderia levar dez crianças para a faculdade e lhe dar carros novos. Aspen não ficaria feliz.
— Você não tem nada com um pouco mais de cor?
Ela trouxe modelos com esmeraldas, mas ainda não era bom. A rubi não combinava tanto quanto imaginou ao sugeri.
— Ainda não encontrei o que eu quero.
— Talvez o senhor goste de algo mais caro e raro.
— Esses não são seus maiores preços? – olhou-a abismado.
— Irei buscar para o senhor.
Max esperou que ela saísse para tirar o celular do bolso e fazer uma ligação. Horner atendeu imediatamente.
— O que houve?
— Por que acha que aconteceu algo?
— Você nunca me liga, a menos que seja problema.
— Bem, queria sua opinião sobre uma coisa importante.
— Se for relacionado ao episódio no México, estou desapontado pelo segundo lugar.
