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Não importava quantas vezes Aspen anulava as lembranças paternas, elas se aproximavam sorrateiramente

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Não importava quantas vezes Aspen anulava as lembranças paternas, elas se aproximavam sorrateiramente. Queria poder dizer ter outras para substituir tantos pensamentos ruins, porém não havia nada. Maxine jamais poderia conhecer aquele ambiente familiar obscuro no qual a mãe cresceu, e provavelmente o pai.

O agressor de Max finalmente possuía um rosto para Aspen. As características dos Verstappen evidentes para ela. A arrogância afastando todos que entravam em seu caminho. Ela poderia ter pesquisado sobre o homem que transformou uma criança em prodígio, mas não queria destruir suas grandes expectativas.

Parada diante de Jos Verstappen vira Max, e uma parte de Maxine, havia Luka Verstappen também.

Virou-se para o vencedor da Holanda, observando Lewis sorrir para ele e derramar champanhe. A felicidade ofuscando todos os medos antes de entrar no carro, o silêncio perigoso, a raiva nos olhos, as mãos frias. Ela sabia.

— Você não vai destruir meu filho. – Jos sussurrou com um sorriso pequeno nos lábios, enganando a todos – Ele é minha grande conquista, não será a sua.

Ela odiava aquele esporte com todas as suas forças. Queria levar a filha para longe. A manipulação estava por todos os lugares, colocando vidas importantes em risco, matando pai, filho, tio e campões. Tudo que importava eram os prêmios, quem subiria no pódio, o nome lembrado na lápide.

— Se você quer dinheiro, lhe dou qualquer quantia.

Aspen sorriu mais abertamente.

Ela deveria mesmo pedir uma grande quantia de dinheiro, para fazê-lo engolir cada nota suja. Provavelmente metade fora ganho pelo filho. Contudo, ele não se importava, já havia feito seu trabalho nas corridas, agora era vez de Max continuar o legado.

— Quero que se afaste de mim. Dez passos grandes, ou então, irei gritar alto o suficiente para acreditarem que isso é um assédio. – manteve o olhar tranquilo, sem desviar do azul intenso de Jos.

— Não seria louca.

— Eu sou o suficiente.

Aprendera a gritar quando estava grávida de três meses de Maxine. Era outono em Oslo, jamais se esqueceria do tom das folhas que caiam das árvores, ou como se encolhia com a chegada do vento frio. O sujeito sabia que estava grávida, e achou que por Aspen ser tão franzina teria vantagem. Contudo, ela gritou com tanto ódio, que ele se afastou cambaleando.

Nunca mais se esqueceu de gritar. Nunca.

Pelo seu olhar, Jos se afastou.

Ela se protegia daquela forma, ameaçando sair aos gritos como uma louca. Homens temiam mulheres loucas, disso ela sabia com certeza. Era uma arma melhor do que fingir saber como controla-los.

— Eu te disse, muito melhor ter um namorado vencedor. – Percy suspirou – Charles não sai do limbo.

— Ele vai vencer na próxima!

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