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Aspen gostava de se esticar até Max para poder abraça-lo

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Aspen gostava de se esticar até Max para poder abraça-lo. Achava incrível como conseguia se encaixar tão perfeitamente, mantendo-se confortável. Ele não se movia muito, ao contrário dela, que mudava de posição a todo instante. Sabia que podia segurar-se nele caso sofresse com algum pesadelo. Lutava contra o sono para poder continuar encarando-o, tocando seus cabelos e rosto. Não queria deixa-lo. 

Max a beijava com frequência na rua, ou escondidos atrás de uma prateleira repleta de livros, de frente a uma pintura repleta de cores, outras vazias. O cheiro dele permanecia no travesseiro, em suas roupas, no quarto, na sua alma. Lia um trecho de amor eterno, para poder vivenciar com ele. O mundo fazia sentido com suas palavras. Completamente dependente de um sentimento passageiro.

Ela queria exatamente aquilo na adolescência, uma ida para Londres para segurar a mão do seu namorado, enquanto conversavam sobre um livro incrível, ou bebiam café. 

O mundo real sabia da verdade que Aspen ignorava, que ele jamais seria dela.

Tudo bem fazer a amor na madrugada, e senti-lo partir. Suportava as ligações, porque os beijos sempre eram cheios de carinho. Gostava de ouvi-lo falar sobre suas corridas favoritas, podendo enxerga-lo vencendo qualquer um. Seu coração nunca esteve no lugar certo, como agora. As luzes permaneciam apagadas, mas ele a via outras horas do dia, e estava tudo bem.

Deixou de se importar com a morena em outro país, porque ela o teria por muito mais tempo, Aspen possuía uma semana de amor eterno.

Conversavam em norueguês, outros dias no alemão. Ele confidenciava seu amor no inglês, e ela correspondia no mesmo idioma. 

Continuava sussurrando mentiras, e ele a fazia acreditar em cada palavra. Tão doce e sincero. Mentiras que a deixavam acordada a noite, olhando-o dormir sem temer o futuro incerto cheio de sofrimento. O mundo de Max era lindo. 

No banho Aspen chorava em silêncio sentindo Max em seu próprio toque, afundando-se no sentimento, se jogando do penhasco. Sofrendo com a vinda prematura da verdade. 

Ele mantinha-se fingindo gostar de livros, mas Maxine o amava de qualquer maneira.

O mundo dele era lindo, apesar de tudo que se escondia na escuridão dos seus sentimentos perigosos. Um dia ela se assustaria, fugiria, mas não precisava ser hoje ou amanhã. Os dias continuavam bonitos, agradáveis.

— Eu amo a ideia da Suíça.

Max sorriu feliz pela concordância.

Ela jamais deixaria a Noruega, mas ele queria lhe fazer acreditar que compraria uma casa linda na Suíça para passarem seus dias juntos. Prometeu encontrar um apartamento bom na Inglaterra por enquanto, Aspen concordou.

Prometeu fazer uma pista de Kart para Maxine, e ela amou a sugestão. A menina gostou tanto de ouvir a história do pai, que dizia sem parar seu novo sonho, entrar para a Fórmula 1. Aspen lhe incentivou, sendo aquela sua única verdade em tantas mentiras.

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