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Colocou a mão fria no pescoço, tentando acalmar o coração

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Colocou a mão fria no pescoço, tentando acalmar o coração. Não podia terminar daquele jeito, entre terra e madeira. Seu corpo implorava por algumas horas de sono, e ele vinha recusando, com receio de ter sonhos terríveis com Aspen, porque era o que vinha acontecendo. Max não reconhecia mais o homem no espelho, então escondeu qualquer objeto que pudesse refletir seu verdadeiro eu.

Respirou fundo, concentrando-se no som da própria respiração. Deixou tudo para trás, diminuindo as batidas do seu coração.

— Maxy, não parece muito divertido como você diz.

Ele olhou para o lado, ignorando a voz do comentarista. Estava acontecendo uma corrida, e ninguém aparentava se interessar no pequeno bar da cidade. Max não conseguiu se conter quando percebeu a grande oportunidade de mostrar a Aspen como tudo acontecia, e quem se tornaria.

— É porque você nunca esteve em um carro de alta velocidade.

Ela voltou a olhar a televisão. Fazia alguns minutos que continuavam fazendo círculos sem fim, alguns pareceram perder algo, mas não conseguiu entender.

— Faltam somente duas voltas.

Anuiu, aliviada por isso.

Quem vencera a corrida fora Lewis Hamilton. Max aplaudiu divertido, ignorando o silêncio e olhar de julgamento de desconhecidos.

— Acho que ele vai ganhar esse ano.

— É seu favorito.

— Hum. – coçou o pescoço – Meu pai diz que não posso ter um piloto favorito, então apenas assisto.

— Como pode somente assistir um esporte sem torcer pra ninguém?

Max também não sabia, mas era isso que acontecia.

— Estarei como eles em breve, não quero torcer sabendo que seremos rivais.

Aspen olhou novamente para a televisão, vendo os pilotos festejarem com champanhe.

— Vai fazer tudo isso?

— Só se eu ganhar!

— E o que acontece no fim?

— Serei campeão mundial! Não seria legal?

Ela sorriu.

— Com certeza.

Max despertou sem fôlego, o coração tão rápido quanto antes. Sentou-se e abraçou as pernas, criando um ambiente seguro somente seu. Ele não podia dormir nunca mais. Era pior lembrar-se de Aspen, acreditar nas suas palavras, reviver aquele amor.

Caminhou até a cozinha e recuou rapidamente ao ver tanta latinha reunida na bancada. Estava nitidamente passando dos limites. Jogou-se no sofá, deixando que os gatos usassem seu corpo como travesseiro. Manteve os olhos arregalados para não fechar, porém o ronronar de Sassy trouxera o sono de volta, pesado e impossível de lutar contra.

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