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— Escolha o que quiser

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— Escolha o que quiser.

Ele esperou que ela trouxesse um livro, mas encheu seus braços com exemplares grossos e pesados. Max poderia começar a malhar com aquilo. Maxine não ouvia o que a vendedora tinha a dizer, simplesmente pegava os títulos mais interessantes, alguns que já havia visto antes e outros que a deixaram curiosa.

O holandês olhou rapidamente para Aspen, feliz pela distância. Ela estava mais interessada em mapas ilustrativos de lugares que não existiam.

— Como sua mãe e o namorado dela se conheceram? – cochichou.

A menina parou de folear o livro para encarar o pai.

— É uma história de amor.

Max garantiu para si mesmo naquela manhã que estava preparado.

— Conte, quero saber.

Ela hesitou olhando para os lados com cautela para ninguém ouvir. Ele gostou daquilo, de manter sua curiosidade em segredo.

— Estava chovendo muito. Ele estava perdido, porque nunca tinha ido para a Noruega antes. Nós voltávamos da minha escola, quando o taxista disse que um louco estava andando pela rua.

— E mesmo assim ela foi falar com ele? Um louco?

— Não atrapalha! – Maxine respirou fundo – Nós fomos falar com ele, perguntei o que estava acontecendo, ele respondeu que procurava por ajuda e ninguém havia sido gentil. Pobrezinho. Acredita que iria se casar? Mas não deu certo. Então o levamos para casa, e eles se apaixonaram.

— Assim tão depressa?

— Não seu bobo, minha mãe estava ajudando ele a conquistar a noiva novamente, e ai se apaixonaram perdidamente. Ele é poeta.

Max não estava entendendo.

— Ele é americano, mas ia se casar na Noruega?

— Sim, ele acha o país lindo.

— Entendi.

Então Aspen estava perdendo o juízo namorando um poeta, porque nem salario adequado teria para pagar o aluguel. O que adiantava ser romântico?

Maxine colocou o livro em mãos na pilha que o pai segurava.

— Pode ler isso tudo mesmo?

— É claro.

O loiro leu a sinopse do último que sua filha pegara. Não parecia infantil.

— Sei o que acontece quando duas pessoas se amam. – tirou o livro da mão de Max.

— E o que elas fazem?

— Beijam de língua.

Arregalou os olhos ao ouvir a resposta da filha. Crianças de sete anos dizem essas coisas?

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