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Aspen soltou o livro e puxou Maxine para si, escondendo da filha de toda a fúria paterna

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Aspen soltou o livro e puxou Maxine para si, escondendo da filha de toda a fúria paterna. 

A batida fez coração da norueguesa apertar. Ninguém na garagem ousava falar, ou respirar. O carro vermelho fora empurrado tão violentamente pela Mercedes até a parede de pneu, que chamas subiram partindo o carro ao meio. 

— Eu quero vê. – choramingou nos braços da mãe.

Ela pegou Maxine no colo, ignorando os protestos. Não deixou que assistisse a destruição do mundo real, e o que acontecia quando se permitia que outros lhe contaminassem. Destruindo toda a imagem que Max construiu sendo um bom pai.

Aspen fugiu sem permitir que a filha participasse daquilo, gostasse de algo mortal e surreal. Um espetáculo para os mais favorecidos e pessoas cegas. Para eles não passava de um jogo com algumas perdas. Não se importavam com a vida.

Pegou Maxine nos braços e caminhou para longe, ignorando os chamados de Christian.

— Quero vê Pappa. – chorou mexendo-se nos braços da mãe.

— Depois.

Suas mãos tremiam, a respiração acelerada fazia o coração bater forte. Tentou esconder o próprio nervosismo, engolir o medo de receber da filha apenas decepção. 

Talvez Max estivesse morto, ou pior. Aspen deveria voltar, mas como deixaria a filha ver o pai naquela situação? Max era importante para Maxine. Não podia que a desconfiança brotasse no relacionamento entre eles. Jamais se perdoaria. Max precisava viver e se recuperar. Ele precisava livrar-se do passado. 

Parou ao chegar à Aston Martin. A televisão havia sido desligada, e todos se encaravam aflitos. Percy olhava ao redor apavorada.

— Percy. – chamou cuidadosa.

— Ela está em pânico. – avisou Lawrence.

Claire caminhou até Aspen.

— Eu sinto muito. – murmurou tristemente, não conseguia olhar para aquelas pessoas sabendo sobre tudo que passaram com Anthoine, e agora Max fazia uma loucura imperdoável – Nada disso é culpa dele.

— Não se preocupe, Aspen.

Engoliu em seco, afastando a vontade de chorar.

Não era o momento. Precisava ser forte até o fim para Maxine. 

— Preciso leva-la para casa.

Segurava a mão de Maxine para que não fugisse, ou fizesse algo pior. Ela correria para Max na primeira oportunidade, mas não seria hoje.

— Tudo bem, irei ajudá-la.

— Obrigada, Claire. Não sei como agradecer depois de tudo.

— Nada disso é culpa sua, e Percy faria o mesmo.

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