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Horner entregou o envelope a Max

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Horner entregou o envelope a Max.

Aquele não era o resultado, apenas uma estimativa.

O holandês sentiu o papel macio entre seus dedos, girando entre os dedos. Não queria saber o resultado. Não conseguiu dormir pensando a respeito. Para Aspen estava tudo bem, mas ele continuava achando a atitude errada, traidora.

Christian pegou o exame das mãos do piloto, recebendo o silêncio como resposta. Destruiu o lacre e pegou o papel com todos os detalhes. Lera as diversas linhas, verificando números e estatísticas.

A falta de atitude preocupou Max.

— O que diz?

— Agora se importa? – olhou-o por cima do ombro.

— Não.

Guardou o exame no envelope. Verstappen observou com cautela o papel ser deixado na mesa a sua frente. Queria pega-lo e ler, mas Horner veria seu interesse como fraqueza depois de repetir diversas vezes não concordar.

— Parabéns, você é papai. – sorriu abertamente com falsa felicidade – Como se sente? O mundo deixou de ser preto e branco?

As palavras não o pegaram de surpresa, mas quis sorrir, sair pela rua gritando, abrir um champanhe. Havia vencido uma corrida sem saber. Ganhado milhares de dólares. Realizado um sonho que até então nem sabia possuir. Poderia perder a casa, os carros e alguns patrocinadores, não se importava. Sorriria tanto que suas bochechas doeriam.

Max mexeu os ombros, indiferente.

— Vou falar com meu advogado.

— O anuncio sairá na Bélgica, se programe.

Despediu de Horner pegando disfarçadamente a confirmação de duvidas alheias.

Fechara a porta atrás de si lentamente.

Abriu o envelope, lendo depressa tudo descrito.

Bateu o papel contra a testa explodindo de felicidade. Engoliu o grito que denunciara vim. Percebeu tarde que amassava o exame tamanho era a felicidade.

Gritara feito louco enquanto dirigia para qualquer lugar. Os ingleses o olhavam com desaprovação. A polícia poderia segui-lo ao inferno, que Max continuaria sorrindo e berrando sobre a paternidade. Ninguém poderia tira-lo daquele torpor. Acelerou diversas vezes sem medo, fazendo curvas perigosas. Os músculos deixaram de doer por um instante, para sentir a total felicidade. Tentara sem sucesso digitar o número de Daniel, seus dedos tremiam, a ansiedade lhe tirava o controle.

Era assim que todos se sentiam? Como se tivessem ganhado o campeonato?

Ninguém no hotel lhe irritou como normalmente acontecia ao ver uma competição idiota sobre quem guardaria seu carro. Sorriu com todos, desejando contar a grande novidade, porém manteve-se em silêncio. Agradeceu por todas as palavras gentis, sendo igualmente gentil.

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