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— Não vou sequestrar o melhor amigo da sua namorada, só preciso do endereço

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— Não vou sequestrar o melhor amigo da sua namorada, só preciso do endereço.

Daniel riu.

— Vou dar um jeito de conseguir, pode ir tranquilo.

Max esperava está indo para o caminho certo. Viajar por tantos países custava muito caro.

— Só pra avisar, ele está em Mônaco. Você sabe, certo?

— Está brincando?

— Quem dera.

O holandês finalizou a ligação sem se despedir do amigo. Levantou da poltrona passando pela aeromoça sorridente. Bateu na porta dos pilotos.

— Algum problema, Sr. Verstappen? Deseja algo? – lhe lançou um sorriso gentil, no qual ignorou.

Bateu com mais força.

O piloto abriu a porta, aflito.

— Mudança de planos, vamos para Mônaco.

— Senhor, temo que isso interfira na decolagem. Preciso avisar a central.

— Então é melhor correr, quero sair daqui em uma hora.

— Sim senhor.

Voltou para a poltrona, jogando-se nela.

Só podia ser uma brincadeira. Provavelmente Lewis havia sentido dentro de si que Max iria atrás dele, pois o piloto é conhecido no grid por ser supersticioso. Voltar para Mônaco seria um pesadelo gigantesco. Seria obrigado a passar por algumas pessoas caso tivesse muito azar.

Não soube o que fora feito, mas embarcaram antes do horário previsto por Verstappen.

O fuso horário mexia com seu humor, então tentou dormir durante a viagem. As ligações continuavam lhe perturbando, ás vezes lia o nome da irmã na tela, ou do pai. Ninguém sabia onde estava além de Daniel, e Christian. Poderiam supor ser a Suíça, mas era um país grande o suficiente para demorar meses até acharem o paradeiro de Max.

Pousaram de manhã em Mônaco. Alugou um carro por um bom preço, nada revelador para não chamar atenção. Um número desconhecido lhe mandou um endereço, e pelo contato na tela soube ser da Finlândia.

Ligara o rádio, e não reconheceu a música tocando. Conectou o celular, entrou no álbum mais ouvido da semana. Taylor Swift. Ele podia conhecer um pouco de pop para se distrair, ou surtar completamente. Aumentou o som.

Dirigiu tranquilamente por ruas conhecidas, a mão do lado de fora. A maresia preenchia o ar, enchendo seu corpo de nostalgia. A saudade não era ruim de sentir. Outra versão de si vivera ali com tranquilidade, e não pertencia mais a Max. Passara na frente da sua antiga casa, conseguindo se vê abrindo mais uma latinha enquanto assistindo um desenho sem sentido sobre cães falantes.

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