Capítulo 5 - A Protegida de Jack?

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Na manhã seguinte... Bob acorda e vai até onde Jack dormia e não o encontra, ele decide ir até onde Jack o deixou uma vez esperando quando foi buscar Ruby, quando ele estava quase indo, ele ouve a voz de seu pai o chamando e dizendo para tomar cuidado e que se ele fosse mesmo querer continuar sendo amigo de Jack que teria que estar preparado para os perigos que poderia enfrentar ao decorrer do tempo. Bob finalmente foi até esse lugar para tentar encontrar seu amigo, quando Bob chega até o local ele fica encostado em uma árvore esperando alguém aparecer ou escutar algo, se passam alguns minutos e ele escuta risos e vai até o som, quando chega até o som dos risos, ele encontra Ruby com um esquilo.

– Olá... Acho que ainda não sei seu nome. – Ruby sorri para Bob.

Meu nome é Bob, onde está Jack?

Pensei que estivesse com você, não sei dele desde ontem.

Hum... E Jack deixou sua protegida sozinha? Isso é estranho. – Bob parece pensativo.

Não sou protegida de ninguém, sei me cuidar. – Ela não parece gostar do que Bob diz e muito menos de seu tom de voz.

Não parecia que sabia se cuidar aquele dia com os dragões. – Bob ergue uma sobrancelha para ela.

Acho que já chega Bob. – Diz Jack pulando de uma árvore, ele se aproxima dos dois.

– Aí está você, precisamos terminar nossa conversa de ontem, Jack.

Esteve aqui o tempo todo? Ruby pergunta ao Jack.

Sim, nunca deixo você sozinha por muito tempo e já vamos conversar Bob.

Então, quer dizer que você acha que preciso de proteção o tempo todo? – Ela cruza os braços e o encara.

Não foi isso que eu disse, você sabe se cuidar e é bem cautelosa, percebi isso enquanto a observava. – Ruby desvia o olhar um pouco corada, mas Jack nem mesmo percebe isso.

Ok, Jack precisamos ir e conversar. – Bob pega Jack pelo braço.

Ok, eu vou com você, mas antes vou acompanhar Ruby até o esconderijo, eu vi um dragão voando aqui por perto.

Posso ir junto desta vez? – Pergunta Bob.

Jack assente e os três seguem até a caverna, Jack e Bob deixam Ruby na caverna e no caminho de casa vão conversando sobre a família de Jack.

Como seus pais eram? – Pergunta Bob.

Meu pai só queria treinar eu e meu irmão, nos deixava sozinhos no alto de uma montanha e tínhamos que treinar o dia todo sem comida, ele só ia no ver uma vez por semana, ver o que tínhamos aprendido e só levava comida para quem ganhava a luta, e não era como nosso treinamento aqui, erramos obrigados a lutar, nos machucávamos muito, demorava horas ou até dias para nos curarmos.

Nossa Jack... Não deve ter sido nada fácil... Eu sinto muito...

E não foi... Eu fugi quando tinha 17 anos, roubei um barco e vim parar aqui, fiquei escondido naquela caverna onde a Ruby está, fiquei lá por algum tempo, até que encontrei onde os dragões ficavam e conheci você, os três anos que moro nesta ilha foram os melhores da minha vida, não sinto nenhuma falta do meu pai ou da vida que tinha lá, às vezes sinto só um pouco dá falta do meu irmão.

– Não sente falta da sua mãe?

– Às vezes... Acho que não dá para sentir falta do que nunca teve...

– Desculpa fazer você tocar nesse assunto, não precisamos falar sobre isso se não quiser...

– Está tudo bem, não me importo de falar sobre isso.

E eles nunca vieram te procurar? Ninguém viu que você tinha fugido?

Meu irmão, só ele viu que eu fugi.

E será que ele não contou ao seu pai que ele te viu fugindo?

Eu acho que não, ele bajulava muito meu pai, mas ele era meu único amigo que eu tinha, assim como eu era o dele, não acho que ele deve ter contado.

O que você acha que seu pai faria se te encontrasse?

Provavelmente iria tentar me matar, só por ter fugido dele.

Sério mesmo que ele faria isso?

Com certeza.

– Realmente sinto muito por ter passado por isso..., mas sobre sua mãe... Qual a raiva que você tem dela?

– Minha mãe é um dragão assim como meu pai e meu irmão, ela via tudo o que meu pai fazia comigo e com meu irmão, ela não fazia nada a respeito, éramos crianças... Não acho que uma mãe que ame seus filhos faria algo assim... Mas enfim...

O assunto parece ter deixado Jack triste, Bob percebendo isso não diz mais nada e eles caminham o resto do percurso em silêncio, os dois chegam até suas casas e cada um vai para um lado.

Vi que fez sua escolha. – Diz Filizx para Bob.

Ele sempre foi meu amigo pai, ele não é como a família dele.

Eu sei Bob, mas uma hora ou outra a família dele vai achar ele e não sei se isso vai ser uma coisa boa ou ruim, só quero que esteja preparado para o pior que possa vir a acontecer.

– Estarei. – Filizx assente e todos vão se deitar.

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