Capítulo 27 - Falcon?

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Na manhã seguinte... Os dois acordam com os berros de Filizx, assustados vão em direção a ele para ver o que estava acontecendo, ao se aproximarem eles se deparam com Filo cuspindo algumas faíscas de fogo.

– Pai o que está acontecendo? Por que tanto barulho? – Bob.

– Eu acordei com minha calda pegando fogo e achei que estávamos sendo atacados por caçadores, mas então me deparei com a minha pequena já aprendendo a cuspir fogo. – Filizx parece contente.

– Fico muito feliz por vocês, mas acho melhor eu ir explicar para os outros o que ouve, pois o senhor acordou a todos. – Jack.

Grandny, Filizx e Bob ficam admirando as faíscas de Filo, enquanto Jack vai explicar para os outros o que havia acontecido, logo após isto, Jack e Bob seguem para o vilarejo e vão se encontrar com as meninas na casa de Mia, chegando lá as meninas pedem para eles entrarem e elas contam tudo o que a Charlott havia contado para elas, Jack fica sem reação alguma durante toda a história.

– Jack está tudo bem? Você me parece estranho. – Ruby.

– Ela disse que ele se chama Falcon? Que se casou com uma mulher por obrigação e que tiveram dois filhos... Vocês têm certeza disso? – Jack parece espantado e confuso.

– Sim... Foi exatamente isso que ela nos falou... Você conhece esse tal de Falcon? – Mia.

– Sim... Ele conhece, Falcon é o pai de Jack. – Bob.

– Como é? Vocês têm certeza disso? Sei lá, pode ser um nome normal. – Mia.

– Quantos Falcon de olhos amarelos brilhantes e cabelos pretos você acha que existem? –Jack. Todos se olham por alguns instantes.

– O que acha que devemos fazer? Devemos procurar por ele para saber o lado dele dá história? – Ruby.

– Conhecendo bem o Falcon eu acredito na história de sua avó, é a cara dele fazer esse tipo de coisa. – Jack.

– Você tem algum problema com seu pai Jack? – Ruby.

– Sim, eu tenho... Muitos na verdade.

– E eu também. – Bob.

– Ok, se é assim acho melhor nem irmos atrás dele então. – Mia.

– Mais já que estão por aqui que tal darmos uma volta? – Ruby. Eles vão dar uma volta e se sentam próximo ao mar para conversarem.

– Mia, se você não se importar eu tenho uma pergunta para te fazer. – Bob.

– Pode fazer Bob... – Eles trocam olhares.

– Gostaria de saber por que seu cabelo é rosa, peço desculpas adiantadas se isso é algo que não gosta de falar...

– Bem, minha mãe gostava muito de inventar coisas, em certo dia houve uma explosão e eu estava próxima a ela e foi esse o efeito...

– Nossa essa era a última coisa que eu imaginava. – Bob ri.

– E o que você imaginava?

– Sei lá, talvez na gravidez sua mãe tivesse tido vontade de comer amoras e teve esse efeito. – Todos dão risadas
– Você por acaso sabe se sua mãe era uma bruxa? – Jack pergunta para Mia.

– Até onde eu sei ela gostava de fazer poções, bem só bruxas podem fazer isso, mas eu nunca a vi soltar algum feitiço.

– Por isso que seu pai sabe sobre bruxas? – Bob.

– Sim, teve um dia que eu estava dormindo e acho que estava tendo um pesadelo, quando meu pai entrou no quarto tudo estava flutuando. – Mia ri.

– Já aconteceu isso comigo também. – Ruby ri.

– Se não se importam acho que vou ter que ir, eu prometi para meu pai que o ajudaria hoje na oficina. – Mia se levanta ao dizer.

– Eu te acompanho Mia. – Bob também levanta. Bob e Mia se despedem e vão para oficina, deixando Jack e Ruby.

– Bem... Não sei você mais eu não tenho nada de importante para fazer hoje. – Ruby.

– Eu também não. – Jack sorri.

– Que tal irmos até a montanha? Eu posso te ensinar mais alguns feitiços, eu arrumei mais alguns livros.

Jack concorda e eles vão para a montanha para praticar novos feitiços, Bob e Mia ficam na oficina ajudando Harry, quando já estava querendo cair a noite eles se encontram em frente à casa de Mia e ficam decidindo o que vão fazer para passarem o tempo juntos, eles decidem ir até aquele campo onde Jack e Bob se sentiam mais controlados, todos se sentam e ficam olhando as estrelas, Jack e Ruby se sentam encostados em uma árvore, Bob e Mia se sentam encostados em outra árvore próxima.

– Jack eu posso te perguntar uma coisa? – Ruby.

– Claro...

– Você não me pediu em namoro só por que o Bob pediu a Mia, não é? Quero dizer... Você me pediu em namoro de coração certo? Não se sentiu obrigado a fazer nada, não é?

– Claro que foi porque eu quis, eu só aproveitei a coragem que o Bob teve, para eu tomar coragem também.

– Estava com medo de me pedir em namoro?

– Mais é claro... E se você dissesse não? Iria ficar um clima estranho entre a gente.

– Como você é bobo. – Ruby ri.

– Vem aqui mais perto de mim, acho que está esfriando. – Jack levanta os braços para a abraçar, ele a abraça e ela encosta a cabeça em seu peito.

– Jack... Você gosta de mim de verdade, não é? Sei lá eu fiquei pensado muito na história que minha vó contou... Eu estou gostando muito mesmo de você e tenho medo de te perder...

– Se depender de mim você jamais me perderá, se é isso que você quer saber.

– Como assim se depender de você?

– Sei lá, vai que um dia você se cansa de mim, então eu te deixarei em paz.

– Como você é bobo Jack. – Ela ri mais uma vez.

                                  ****

Enquanto isso Mia e Bob também estavam conversando.

– Como foi para você crescer em uma ilha com dragões? – Mia.

– Eu gosto muito, ainda estou tentando me adaptar com a vida “humana” digamos assim.

– E na parte de estudo? Por exemplo, você foi criado com dragões mais fala muito bem e escreve muito bem também, eu acredito que não foram os dragões que te ensinou isso.

– Não – Bob ri. – Quem me ensinou isso foi o Jack, até os 17 anos ele foi criado com “humanos” digamos assim.

– Por que você se referiu humanos dessa forma?

– O pai do Jack está mais para monstro para mim, acho que nem posso considerá-lo humano.

– Entendi... Vamos mudar de assunto então.

– Que tal você vir mais perto para eu aquecê-la do frio? Quem sabe pode até ganhar um beijo também.

– Acho que adorei a ideia. – Mia se aproxima com um sorriso no rosto, ele a beija com carinho. – Bob eu posso te pedir uma coisa? Espero que não me entenda mal.

– Mais é claro Mia, farei o que estiver ao meu alcance.

– Eu gostaria de dormir com você está noite, queria ter a sensação de acordar com você ao meu lado, não precisa ser na mesma cama, eu durmo em um colchão no chão, eu só queria dormir com você mesmo, nada demais.

– Mia... Eu queria muito te responder com um sim, mas eu acho melhor evitarmos ficarmos muito próximos assim... Desculpe-me e seu pai também não iria gostar nada disso.

– Nós aprendemos a controlarmos nossos sentimentos, não seria nada demais e não dormiríamos um ao lado do outro de todo jeito.

– Mas acho que isso já é um controle diferente e não estou falando por você, mas sim por mim.

– Tudo bem... Sério, quem sabe mais para frente.

– Desculpe-me, mas se você soubesse como já é difícil o autocontrole diariamente.

– Por que você tem que ficar se controlando diariamente?

– Você ainda pergunta? Já se olhou no espelho? Você é muito linda, se eu não me controlasse diariamente nem sairia do seu lado e não desgrudaria dos seus lábios, talvez já até tivesse se enjoado de mim. – Bob ri.

– Não precisa exagerar Bob, assim você me deixa sem graça... E eu nunca me enjoarei de você. –  Mia fica vermelha.

– Eu não disse nenhuma mentira, nem exagero. – Bob pega no queixo de Mia e lhe dá um beijo. – Mia... Se eu te disser uma coisa promete não se assustar?

– Acho que já devo ter ouvido muita coisa doida para me assustar, então prometo.

– Eu... Eu te amo. – Mia fica vermelha, seus batimentos aumentam e ela fica sem reação alguma, depois de alguns segundos ela dá um sorriso e diz para Bob que ela também o ama os dois se beijam. – Enquanto estava em missões nas outras ilhas, eu estive pensando muito... É um sentimento novo para mim, mas... Você é única Mia, você é especial...

– Está me deixando com vergonha... – Ela fica mais vermelha e tapa o rosto, ele sorri e beija a testa dela.

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